O SOL QUE AQUECE A ALMA

Não gosto das temperaturas baixas que congelam o corpo, a alma; do frio que entristece, isola, recolhe e enrijece músculos, pulsos e impulsos; que paralisa as forças, congela a fala, turva o olhar, confunde o pensar. Frieza que enfraquece e afasta a beleza dos dias quentes, das carícias abrasadoras do sol, que tocam a pele , causando frissons, fazendo suar, vibrar...

Gosto mesmo é dos raios que emanam vida. Refletem luz e aconchego aos corpos gelados e desamados. Do sol queimando a pele, penetrando os poros e colos, possuindo, em desatino, o divino e o profano numa paixão avassaladora, quebrando a lassitude do gelo.

Calor que envolve os corpos, sensualiza e marca os dias, com manhãs ensolaradas e cheias de paixão e bonança. Dias iluminados que trazem a esperança num novo amanhecer.