Pelado, pelado... Nú com a mão no bolso!

Julianne, Lorraine, Sophie esbanjam alegria, amizade, energia..., cada uma delas possui uma característica marcante que, as diferenciam umas da outras.

As três sabem chamar a atenção pelo barulho, contudo, logo de manhã, além do alarido, o alvoroço toma conta do grupo. Jamile abre a porta da frente para que possam sair, mas, na contramão da rotina diária correm para a porta envidraçada da biblioteca. Chamativas, aumentam os decibéis da barulheira. A comunicação chega às casas dos vizinhos e se espalha como rastilho de pólvora num escarcéu de fazer inveja aos meninos do rock, os tais, metaleiros!

Tudo enlouquecendo ao redor, Jamile vai até a biblioteca, percebe um movimento no quintal. Pede silêncio á Julianne, Lorraine, Sophie, contudo, elas continuam latindo! Temerosa abre a porta..., encontra pendurado no pé de acerola um homem... pelado! Pelado? “O que faz aí?”

Língua enrolada pelo efeito das drogas, murmura... ”Numhãhumnumhum!”

“Vou chamar a polícia!”

“Humnunhãpramim?”

Sai acompanhada das cachorrinhas, determinada a chamar o segurança do condomínio. Deixa o pelado no seu quintal!

Várias ligações foram feitas para a PM, nada! Preocupados pela demora chamam a Guarda Civil, enquanto isso, o segurança do condomínio conversa com o pelado, ou, seria melhor, drogado?

Num rompante de loucura, ele, gesticula, fala enrolando a língua numa Ave Maria e Pai Nosso, chorosos..., olha para o segurança num misto de reza e confissão: ”Padre estou procurando a minha mãe! Seu padre eu caí do céu!”.

O guarda municipal ao algemar o peladão percebe que, o dito cujo, está com o pé quebrado! Chama o SAMU. Junto com o SAMU chega a PM, perguntas..., respostas enroladas... “Como!? Eu o prendi na quinta-feira do outro lado da cidade andando pelado!?”

O policial vai até a viatura e volta com um calção para vestir o pelado! A roupa não para no corpo esquálido do homem, Jamile entra para providenciar barbante para amarrar o calção do homem que lhe caiu do céu!