CAZUZA, UM ÍDOLO?
Crônica de VALDEZ JUVAL
Conheci Cazuza pessoalmente. Foi nas coxias do Teatro Santa Rosa, na Paraíba. Ele ia se apresentar e enquanto aguardava o toque para entrada em cena, conversamos um pouco.
A nossa conversa termina quando ele pede licença para ir fumar um “baseado”, condição de sua performance para se incorporar ao personagem do sucesso, do aplauso.
Recebi na época, uma correspondência da Psicóloga KARLA CHRISTINE.
Entre outras coisas ela fala que as pessoas estão cultivando ídolos errados.
Concorda que suas letras são muito tocantes mas não acha admissível se reverendar(sic) um marginal como ele. Foi um traficante como revela sua própria mãe.
O Juiz SIRO DARLAN chega a dizer que “a única diferença entre Cazuza e Fernandinho Beira-Mar é que um nasceu na zona sul e outro não”.
A psicóloga lembra aos pais que a morte de Cazuza foi consequência da educação errônea a que foi submetido.
Apela, finalmente, que ninguém deixe seus filhos à revelia para que não precisem se arrepender mais tarde.
Assunto por demais conflitante, que necessita de um debate sério e consciente para se obter um resultado com solução concreta e significativa.
O que sugiro, de momento, seria a criação de uma comissão interdisciplinar e técnica, para um estudo convicente e conclusivo.
Não cabe a ninguém a culpa das ocorrências mas o tratamento deve ser diferenciado.
Continuarei terminantemente contra as DROGAS mas sempre esperando resultados para melhor compreender.
Cazuza dizia: “todos os meus heróis morreram de overdose”.
E ERA APLAUDIDO!