Sento o lápis no papel...
Sento o lápis no papel, e espremo as ideias com a maior naturalidade.
Levemente, elas vão surgindo. Delicadamente, vão sendo forçadas a se traduzir em belas e simples palavras ao vento.
Levo o lápis à boca, e reviro o cérebro a sentir no estômago, tamanha a força, em busca do singelo e do puro. Para não cair no excelso e no falso, próprios da natureza humana, colho com frescor tudo o que vai sendo jogado dessa mesma fonte.
Chegando às últimas linhas, sem nunca deixar de lado as gregas regras, percebo que há muitas palavras já minha essência foi perdida. Já o que era natural, leve, delicado, singelo, puro, fresco e sincero, foi-se. Foram-se distantes daquilo que fala em mim, que espreme as ideias, força-as à conversão, revira-as no estômago.