TEMPESTADES EXISTENCIAIS

Quando a tempestade vem é necessário manter uma postura de fé e não de medo, porque não gerenciar os próprios medos é consentir tornar-se refém deles.

É impossível evitar de se molhar, até porque céu sem tempestade só existe no mundo da ficção, mas é perfeitamente possível vencer a tempestade sem, contudo, adoecer no caminho.

Diante do trovejar da vida, lembre-se que não há noite sem dia. Se você tem a opção de ir além, parar significará derrota.

Você não precisa se preocupar com o vento quando suas velas estão ajustadas. Siga em frente, o mar respeita quem o trata com inteligência.

O mais importante não é o fim da jornada, mas sua construção. O fim é apenas uma conseqüência do ocorrido durante a jornada.

Entre o sonho e a conquista existe um grande deserto, e o segredo dessa travessia consiste em acalmar sua mente, controlando o mundo à sua volta, a partir de sua postura diante das inúmeras batalhas que são travadas diariamente em seu íntimo.

Nesse momento, faz-se necessária uma boa dose de determinação, a fim de influenciar no processo evolutivo da caminhada e, aliada a ela, a fé, que mantém acesa a chama da esperança.

É deveras importante compreender que os invernos sempre existirão para nos mostrar o quanto são preciosos os verões, outonos e primavera; que na vida tudo é mutável, até mesmo nossa visão de mundo e de nós mesmos; que o que precisa mudar não são as estações existenciais que vez e outra nos surpreendem com suas aparições, mas nossa habilidade em lidar com elas; que pra tudo tem um tempo determinado: início e fim, inclusive para os nossos temores. Neste caso, porém, o fim exitoso de nossa problemática só se torna uma realidade quando fazemos de nossos invernos um riquíssimo período de transição para um verão de grandes e intensas emoções, cientes de que tudo tem uma razão de ser e que cada segundo desperdiçado com lamúrias é uma emoção a menos no saldo de nossa felicidade.