Mãããããeeee

Já pararam pra pensar em quem pouco ou nunca teve o prazer de falar: Mããããããeeee!!! Ô mããããnhêêêê!

Encher a boca (e o coração) pra falar uma das palavras mais gostosas desse mundo!

Em português, pelo menos... tipo a história da palavra saudade e a sua não tradução ao redor do mundo e seus idiomas.

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Mas... gostoso mesmo era machucar! De leve, claro! Era um sadomasoquismo inocente em prol da melhor hora pra gritar: Mããããnhêêê! Escorria uma (e olhe lá!) gota de lágrima e de sangue!

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Acabava de levar umas boas chineladas depois da arte da tarde, abria a porta do quarto, devagarzinho, bem baixinho e quase que como passando mel na boca, dizia: Mããããeeee, quê que tem pra comer??? Tô com fome!!!

Quanta coragem!

Mamãe tá lá bufando na cozinha e você acabou de quebrar o vaso de flores que ela ganhara da tia-avó, que já morreu 3 meses depois do casamento...

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Tem muita gente que não deu o último grito de "Mãããããeeeee" porque tava de mau com Deus... enfim! Vai saber, se do jeito que o mundo tá, se Ele não tem mãe!

Pois essa deve ser a revolta de alguém que grita pela mãe na cama e ela não levanta!

Gustavo Martins Pistoresi
Enviado por Gustavo Martins Pistoresi em 19/11/2014
Reeditado em 25/11/2014
Código do texto: T5041653
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