Crise 

Nunca desejei tanto que as pessoas entendessem  que ter fibromialgia não é desculpa,  a  gente faz um esforço tremendo para ter bons momentos mas na maioria das vezes não consegue. Ela vem sozinha, associada a outras doenças auto-imunes, confunde tudo e piora ainda mais o diagnóstico. 

Ninguem quer  viver sem ânimo, ficar triste e sentir-se impotente de uma hora para outra. Temos dias bons e ruins, nunca sabemos quando ela vai aparecer. Vivemos o momento.
Nossos limites sentimos na pele quente, no músculo contraído, nos tendões retesados, na carne trêmula. Amanhecemos bem e no decorrer do dia as dores começam, ao fim do dia mal conseguimos andar. Isto é fibromilgia. 

A fibromialgia é muito incompreendida, dói  perceber a dúvida e desconfiança no olhar das pessoas, dos médicos e até dos familiares. 
É preciso renovar as forças na fé, buscar soluções, criar alternativas para não desistir. Insitir sempre. Seguir adiante. Ser feliz aos bocadinhos. A dor surge do nada, a fadiga extrema impede atividades que antes fazíamos tranquilamente, mesmo assim é bom insistir e praticar natação ou hidroginástica.  O convívio com outras pessoas é bom, sentir-se parte de um grupo faz muito bem e no final quando o primeiro mês termina tudo fica mais leve. Conviver tantos anos com a fibromialgia me tornou mais forte, não é qualquer dor de cabeça que me tira do sério, o sofrimento endurece sabe, as vezes acho que sou capaz de muito mais e ainda não me dei conta.

Por enquanto encaro fisioterapias, terapia, os medicamentos, hidroginástica e sigo adiante, enquanto não encontram a cura para esta montanha de sintomas só nos resta continuar e não perder a fé a esperança. Dias melhores virão com certeza. 

 
Giselle Sato
Enviado por Giselle Sato em 18/11/2014
Reeditado em 01/02/2017
Código do texto: T5040293
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