DIANTE DA CRUZ E DA ESPADA
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Diante dos últimos fatos revelados pelo puxar do rolo da corrupção envolvendo três diretorias da Petrobras, cujos comandantes foram indicados pelo PP, PMDB e PT, a presidente Dilma Rousseff está entre a cruz evangélica da moralização e da organização estrutural e moral do Brasil e da espada afiada da corrupção, que é imoral e corrói toda a estrutura frágil da governabilidade e causa tantos dissabores e críticas porque envolvem a maioria dos partidos. Contra a presidente Dilma Rousseff não há nenhum indício de que ela seja corrupta, mas contra membros de seu partido, sim.
A prisão da advogada Chistiane Araújo Oliveira, que sumiu de Brasília e mais a prisão de uma doleira na Espanha, a pedido da Justiça Federal de Santos, por envolvimento com tráfico de drogas para a máfia Italiana e também envolvida com o esquema de Alberto Youssef, no maior esquema de desvios de recursos públicos em um país democrático do mundo moderno, superando o PIB de muitos países, como anunciou o NYT, superando em muito o esquema do mensalão operado por Marcos Valério, que levou à prisão, proeminentes membros da cúpula do poder no PT. Será que não estaria na hora de se reformar todo o Brasil, em todos os aspectos e não só para punir corruptos e corruptores, “doa a quem doer”, como vem repetindo sistematicamente a presidente Dilma Rousseff?
A primeira denúncia de corrupção dentro da Petrobras foi realizada pelo jornalista Paulo Francis, direto de Nova York, durante o Governo de Fernando Henrique Cardoso e o presidente da empresa, João Rennó, ao contrário de mandar apurar, preferiu processar o jornalista na justiça americana e cobrar dele uma indenização de 100 milhões de dólares. Conseguiu, mas Paulo Francis não pagou porque faleceu por depressão em razão do processo.
Além das denúncias contra diretores presos de empreiteiras que realizam obras para o Governo Federal, elas não serão paralisadas porque seria um caos para o país, mas somente repactuadas e descontados os valores a maior pagos pelos “acertos” para abastecer os cofres de campanha do PP, PMDB e PT, tudo dentro de uma “legalidade” imoral como sustentam os advogados, tantos das empreiteiras quanto dos partidos. Desconheço advogado de defesa que seja que não faça uso do “ jus spermiendi” na defesa de seus clientes. Só conheci um advogado amazonense, Roberto Alexandre Roberto Barbosa (in memorin) que, na defesa de um acidente de trânsito um motorista de ônibus caiu de uma ponte e causou a morte de três pessoas, pediu a condenação de seu cliente a três anos de prisão, contra a tese de homicídio que o representante do Ministério Público queria enquadrá-lo em crime de homicídio, o que poderia condená-lo a até 21 anos de prisão.
Todos os advogados negam envolvimentos de seus clientes com crimes e dizem que a doação das empreiteiras foram legais. Pode até ter sido legal, mas foi imoral também. Ainda bem que os pedidos de habeas corpus impetrados pelos advogados dos “inocentes” empresários denunciados, estão sendo negados pela Justiça, mas nem sempre assim que o judiciário se comporta, com decisões liminares sendo cassadas por outras decisões liminares sem julgamento do mérito do processo, permitindo que prefeitos de vários partidos, mesmo presos em flagrante por crimes de corrupção, são beneficiados por essas ações contraditórias, mas legais da Justiça, que confundem a cabeça dos brasileiros.
Não estaria na hora de a presidente Dilma Rousseff apresentar a sua proposta de Lei para endurecer a lei contra a corrupção, punindo igualmente o corrupto e o corruptor? Será que não estaria na hora de ser enviadas ao Congresso Nacional as Leis que prometeram fazer modificar a estrutura das leis do Brasil, por completo? Entendo que sim. Ai se saberia quem é que está a favor da cruz da moralização das leis do Brasil ou quem estaria a favor da continuidade da espada da corrupção!