Sexualidade
Por carlos Sena
Ninguém escolhe nascer, mas nasce. Nasce-se homem ou mulher. E nem precisava de maiores definições acerca, mas o bicho homem inventa história que por gosto não se poderia ver, nem ouvir, muito menos sentir. O homem inventou o SEXO! Não na lógica da genitália, mas da cultura machista e com viés cristao de dominação. Criou, o homem, regras para o sexo e as impôs a todos, mas não foi competente pra entender que o ser humano tem sexualidade; que, dentro dela, o sexo passa a ser apenas um detalhe. Importante, bem verdade, mas um detalhe. A ignorância dos homens dicotomizou o sentimento e cristalizou uma cultura machista em que há um sexo forte e outro frágil. E sobre isso o homem estabeleceu-se como dominador sobrepondo-se à mulher e ignorando a sexualidade. No bojo da sexualidade todas as formas de amar se estabelecem em sua variadas formas: homem com homem, mulher com mulher, homem com mulher nas suas variadas e múltiplas faces drag, trâns, LGBT, como costumamos chamar. Por isso é que dizemos a quem tiver dúvidas: o homem é um ser sexualizado. Hetero ou homo ou outra denominação é mero detalhe que não altera o SENTIR. Dito diferente: homossexualidade não é opção. Opção é preferir carne a peixe, futebol a voleibol, etc. Sexualidade se nasce com ela e a genitália nunca foi definidora do que por dentro se sente em relação a alguém jovem ou velho, homem ou mulher, branco ou preto, alto ou baixo, escravo ou senhor, com brinco, com piercings, com tatuagem ou não. Dentro de cada pessoa há um vulcão pleno em sentimentos que quando entra em erupção ninguém segura... E é nesse viés que entra a cultura machista que por ignorância secular reduz o ser a homem ou mulher... E quem ousar romper esse paradigma sofre todas as pressões falso moralistas que dentro dele se esconde. Até que um belo dia um parente próximo decide sair do armário! E todo um inferno começa se instalar em volta. Ou não?