A Estátua de Augusto dos Anjos
 
          Outro Centenário da Morte de Augusto dos Anjos só acontecerá na soma dos próximos cem anos... Agora, realce-se o acontecimento, na pessoa, no EU da sua poesia. Histórica homenagem presta-lhe a APL com a estátua que caminha; talvez o escultor J Maciel ordenou como Michelangelo a Moisés, ao martelar-lhe o joelho: “Perché non parli ?” Desde então Moisés, em Roma, fala na igreja de San Pietro in Vincoli...  À frente da Academia Paraibana de Letras, enquanto durar o bronze, o augusto poeta caminhará imortalmente, mostrando vida e distância dos necrológios.  
         Em novembro de 2012, ao substituir batentes da APL por uma rampa, pedi à arquiteta Sarah Cavalcanti o espaço para entronizar uma estátua de Augusto dos Anjos, e a J Maciel, o início da obra: Comece a escultura e eu, a luta pela captação de recursos; recebidos do Governador Ricardo Coutinho recursos de Convênio à estrutura receptiva da obra, foi quando Fernando Milanez Filho, ao se reunir sobre o Centro Histórico, na APL, indicou-nos o gratificante amante da cultura Marcelo Silveira da Rocha, então Presidente da Energisa, que, “com certeza, apoiaria essa ideia”. Apresentado o pedido, o Dr. Marcelo, solícito, deu-nos a perceber a eficácia do caminho indicado. Mas desde começo de 2013, fazia-se a estátua no atelier de J Maciel, em Paulista, inspecionada por uma comitiva da APL: Itapuan Botto, Carlos Aranha, Astênio Fernandes, Gonzaga Rodrigues, eu e Flávio Tavares que, a pedido do escultor, detalhou, com cera, as feições do poeta. Em seguida, Dr. Marcelo Silveira desfechou que os recursos seriam recebidos, na Abertura do Cineport, das mãos da Presidente da Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho, Monica Botelho, e das do seu pai Ivan Müller Botelho, Presidente do Conselho de Administração da Energisa. No dia 12 de novembro de 2014, a APL inaugurou, numa memorável festa, o monumento, já sendo Presidente da Energisa, o Dr. André Theobald. A realidade, às vezes, não quebra ideias ou sonhos, confirma-os...   
             
          Agradeci, em discurso, aos que se envolveram com este monumento. Agradecimentos maiores a Marcelo Silveira, a Ivan Botelho e à Monica Botelho, da Fundação Cultural que faz tanto bem à cultura na Paraíba, no Brasil e na casa onde mora Augusto dos Anjos, Leopoldina, onde, a APL, representada por Itapuan, Gonzaga e eu, constatou que Augusto dos Anjos é amado; sentimento transformador do existencialismo dos seus versos em gratidão a quem o afaga, a quem o beija...