A favor da Vida!

Quando era criança, nós tínhamos uma cachorra, a Neguinha. Toda vez que ela entrava no cio nós devíamos tomar os cuidados necessários para que ela não engravidasse. Mas... Aconteceu! Neguinha estava grávida. E o que nós podíamos fazer, senão arcar com a conseqüência de nossa falta de cuidado?

Sua barriga crescia, ela zelava pela gestação, sempre quietinha num tapete, cada vez mais preguiçosa.

Numa noite, minha mãe acordou com o choro de nossa cachorrinha. Ela estava parindo. Seu filhote havia nascido e ela o lambia, como é de seu instinto. No entanto, ele não esboçava reação. Estava morto. Ainda sendo um animal sem racionalidade, Neguinha ficou nitidamente triste, por ter sua maternidade frustrada. Não porque nós quiséssemos, ou porque ela quis (haja vista, que sendo uma cachorra, jamais teria “racionalidade” para desejar a morte de seu filhote), mas sim, por um fato natural.

Bem, o fato relevante é que, este pequeno ser, mesmo na sua irracionalidade queria cumprir o ciclo natural de sua vida, a maternidade. Ainda não tendo sido uma cruza planejada por nós, seus donos, responsáveis pela falta de cuidados que a fizeram emprenhar, o filho de Neguinha seria bem-vindo.

E você mulher, que é um ser que tem racionalidade, como pode conseguir ser mais insensível que Neguinha?

Pelo simples fato do filho em seu ventre não ter sido planejado. Por possivelmente ser alguém que atrapalhará sua carreira profissional, estudantil, pois dispensará tempo, zelo, amor... Ou por não ser “adequado”, porque você não conhecia ou nem sabe, certamente, quem é o pai do filho que gera. Você o matará! Cometerá o crime mais hediondo possível, pois ele não poderá se defender, não poderá pedir socorro, ele está dentro de você!

Em nossa Constituição, está assegurado em seu artigo 5º, caput, “a inviolabilidade do direito à vida”. Contudo, seres humanos que nasceram, que tiveram este direito assegurado um dia (sendo eles advindos de uma gravidez desejada ou não de suas mães) lutam em prol da legalização do aborto, para que este direito constitucional vire apenas uma utopia.

Mulher! Você é sim, dona de seu corpo. Mas não de outra vida, mesmo que esteja dentro de você, ou que a já tenha gerado. Prova disso, é que se há maus tratos por parte daqueles que são detentores da guarda de uma criança, estes a poderão perder. Como prediz o Estatuto da Criança e do Adolescente, em seu artigo 129, incisos VIII ao X, quando constitui medidas aplicáveis aos pais ou responsáveis. Tutela não é posse! Tutelar é proteger, é assegurar os direitos que se resumem no princípio da dignidade da pessoa humana.

Se você acha que não estará apta a educar, que não deseja este filho, que não conseguirá dar o amor de que ele necessitará, outros certamente estarão. Mas, deixai-o ter a chance de viver!

“Eu não sou contra o aborto, mas sim, a favor da vida!” Papa Bento XVI, 2007- Brasil.

Madame F
Enviado por Madame F em 27/05/2007
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