O CRIME NO PODER. ATÉ QUANDO?

Diariamente vemos, ouvimos nos noticiários, ou sentimos na própria pele, o aumento exacerbado da criminalidade.

Tanto os índices das ações delituosas quanto a perversidade com que os criminosos estão agindo, alcançaram níveis insuportáveis.

O cidadão comum está privado de sua liberdade, sentindo-se inseguro, acuado, enquanto não faltam leis, organizações e mobilizações em prol dos criminosos, deixando-os cada vez mais à vontade para cometer suas atrocidades.

Não há mais respeito às leis e instituições, sejam quais forem, muito menos respeito à polícia, ao contrário, agora é o bandido quem caça o policial.

As agências bancárias, as lotéricas, o comércio em geral, os consultórios e escritórios, escolas, igrejas, as residências, são visitados quase que diariamente pelos agentes do mal, que levam valores, equipamentos, mobiliários, tudo sob forte ameaça às vítimas.

Empresários, pais e mães de família, pessoas de bem, têm ficado sob a mira de armas e muitos perdem a vida por bagatelas, consequências de ações inescrupulosas dos agentes do mal. A perversidade é tanta que os fora da lei são capazes de jogar gasolina e atear fogo em crianças inocentes, só para afrontar o “Poder Constituído”.

O acervo legal hoje em vigor é muito brando em favor dos celerados, ao passo que se configura implacável contra o cidadão de bem, presa fácil de um sistema ineficiente no retribuir, mas eficientíssimo impor e cobrar e impor tributos e taxas à sociedade produtiva.

Apesar de o nosso aparato policial e das forças de contenção, assim como o número de presídios e de vagas ser extremamente volumoso e excessivamente oneroso ao erário público, a criminalidade aumenta exponencialmente.

Diariamente ao serem questionados pelos órgãos de imprensa sobre o aumento da criminalidade, os governantes se apressam em dizer que estão construindo presídios para tantos mil detentos, que estão formando outros tantos milhares de policiais, mais isso, mais aquilo.

O que se observa na prática é a alocação de uma soma absurda de recursos financeiros em todo o aparato da segurança pública, sem a tão ansiada redução dos índices de criminalidade.

Cada vez mais os tributos e os subterfúgios arrecadatórios criados pelo Poder Público em nível municipal, distrital, estadual e federal, vão sufocando a sociedade, que não vê o retorno do imposto pago.

Entra governante, sai governante, avançam-se as décadas e nenhuma entidade estatal se digna a atacar o problema em sua origem, o que favorece a predominância do mal sobre o bem.

A impressão que fica para a sociedade, é que há o interesse das cúpulas em manterem tudo como está, editando e aprovando leis que mantêm o crime protegido e em franco crescimento.

A sociedade não quer mais construção de presídios, a contratação de mais e mais policiais, de promotores de justiça, de juízes, de desembargadores etc. Ela não quer mais leis e sim o aprimoramento das já existentes, que sejam banidos os maus policiais, os maus juízes, os maus políticos e demais agentes públicos corruptos e a serviço da criminalidade. Deseja que sejam agravados os mecanismos de punição e que haja vigoroso empenho e mudanças efetivas nas estratégias de contenção do crime.

Faz-se imperiosa a mudança de atitude por parte daqueles que detém o poder, nos três níveis, assumindo que o poder público tem fracassado em suas políticas de combate à marginalidade e envidando esforços no sentido de encontrar solução imediata e eficiente para trazer paz à sociedade.

Rafael Arcângelo
Enviado por Rafael Arcângelo em 11/11/2014
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