História, Nova História… e a História se repete!

História, Nova História… e a História se repete!

Todos os fatos que ergueram monumentos e legitimaram os vencedores se repetem. Novas vozes, a serviço do poder, reescrevem as páginas amarelecidas de outrora com as tintas do hoje.

Legitimou-se o colonizador!

Muda-se o rótulo, todavia, repete-se o conteúdo!

Quem conta a História? Quem reconta a Nova História?

Novamente, os excluídos da caneta leem os rascunhos que o novo centro escreve. As vozes caladas de ontem, ainda, não bradam hoje. O silêncio permeia as margens e deixa em branco a tinta preta que deveria gritar no papel.

A história é adjetival e, dessa maneira, perdeu-se o referencial para responder ao livro dos donos do poder.

A carta de Caminha; literário!

História dos vencedores! Onde estão os vencidos?

Escrevendo tudo se dá! A Nova História é o estereótipo da História!

Positivista\”negativista”.

Nada mudou e o Estado, máquina infalível, faz as suas concessões e as vozes pensam que falam, mas apenas sussuram nas reticências.

Descobre-se o novo mundo no mundo que nunca foi descoberto. Coloniza-se o colonizado que já foi colonizado. Oferece-se mimos - voz para silenciar vozes.

Nova História?

Quem descobriu as minorias? Quem venderá a nova terra?

Eu pesquiso! Eu estudo! Eu escrevo! Eis o discurso da História\ Nova História.

A Nova História ainda entende os excluídos como analfabetos, pede desculpas pela História, contudo, repete a escrita.

Terra à vista!

A primeira carta vende uma nova ideia e todos comprarão esse novo paradigma!

Quantos serão escravos nos documentos empoeirados revisitados e “criticados”?

Escravidão - servidão!

A História, ficção e epopeia; a Nova História, o novo, porém, de ontem!

As vozes dos silenciados ainda são ecoadas pelos censores.

Fatos são fatos! Fatos são fictícios!

Quem escreve a Nova História não apagou a História.

A nova História, estereótipo da História, coloniza com documentos assinados pelos legitimados do poder.

(... )

Mário Paternostro