TODOS QUEREM SER WINSTON SMITH

Winston Smith, personagem de “1984”, romance de George Orwel resume o ideal de muitos homens e mulheres.

A personagem que deixou os anos de sua meia-vida ir pelo ralo, o atrito desgastante da rotina de alguém que deixa o tempo passar.

Esposa nem sabe como perdeu, não faziam mais falta um para o outro, fim do amor e da paixão somada em uma solidão a dois resulta em desapego, desimportância e até mesmo deselegância.

Além do cigarro e gim “Vitória”, Smith não tinha muito que fazer ou desejar.

Pessoas ditas normais, pertencentes à base de nossa pirâmide social como Winston, encontram-se na mesma situação de impotência.

Ao contrário do personagem de Orwel, estas pessoas possuem entretenimentos ,vontade de consumo, TV, internet, Celular e cerveja.

No romance, Orwel faz sua personagem conhecer-se, rebelar-se, sofrer, violentar-se e esquecer-se.

TV, internet e celular fazem o mesmo quando usado apenas como entretenimento em demasia. Eles estão engolindo crianças e adultos por horas e horas. Todas elas perdidas em sua quase totalidade.

Muitos como Winston, tentam subverter o sistema contra as engrenagens opressoras do meio cultural, social e econômico até receberem uma bala no crânio amando o Grande Irmão.