Fugindo da felicidade
A lua, as estrelas e nuvens são minha tela de cinema, deitado na terra seca, olhando imóvel pra cima, vejo um avião voando solitário entre estrelas, parece ás vezes que vai colidir, mas a ilusão é estranha e me faz sorrir um sorriso amarelo, forçado, respiração ofegante, a lembrança de minutos atrás quando fazia o mais difícil que já fez: olhou para a menina que amava, disse que a queria, mas que não podia, pois ela deveria seguir seu caminho, assumiu a responsabilidade da ação, sentiu um esmago no coração, virou as costas, queria morrer, mas foi até o alto do morro e deitou, como se aquilo amenizasse sua dor, a lua brilhava, e lembrava a menina, as nuvens acariciavam-na, as estrelas retocavam-na e a lembrança continuava a lhe machucar.
_ Porque eu fiz isto? Porque?
A resposta ele sabia, porém não queria acreditar em nada, estava confuso, triste exageradamente triste, queria morrer, mas sua mãe sofreria de mais! Não sabia o que fazer, me dê um remédio, me dê loucura, ele pensava, desejava profundamente morrer, não em suicido, mas morrer naturalmente, não morreu, então se levantou depois de um tempo, foi até sua casa, sentou na cadeira e, chorando, começou a delatar o acontecido.