HUGO CHAVES , EVO MORALES E O BRASIL

A América do Sul assiste a volta mais uma vez da ditadura legitimada pelo voto incompetente dos seus eleitores em seu território. O Brasil finge que não vê e finge que sabe o que está acontecendo. Há o respeito pela vontade do povo. Mais uma vez, confirma-se a máxima de que o povo é burro, que após o voto, ele passa a ser apenas um “detalhe”. Nos próximos anos veremos novamente uma lista enorme de presos e desaparecidos por que estão ou estarão em oposição ao governo eleito pelo povo e que esta se tornando uma ditadura indisfarçada. Precisamos nos resguardar para que esse vírus contagioso não adentre ao nosso país. Já participamos desse filme, já vimos esse filme milhares de vezes. Não podemos fechar os olhos, precisamos nos opor. A quem serve a atual visão desses paises? Contra os americanos, a globalização da economia, a dilapidação da nação pelas multinacionais? Se isso não for uma manobra para desestabilizar o já sem razão de ser chamado Mercosul. Acho que estou vendo chifre em cabeça de cavalo, ou então estou vendo estrelas quando meus pés estão na lama. Onde eu estou? Na cidade de Lolaia é que não estou. Depois eu explico o significa o uso da expressão “cidade de Lolaia”.

Todo novo governo é o ideal para implantar novas idéias, trazer mais progresso, ajudar a acabar com a impunidade, com a miséria. No minuto seguinte, pegam de surpresa todos os que tolamente acreditaram nessa falácia.

A quem interessa uma América do Sul sem expressão, com uma massa ignorante, semi-analfabeta? Somos um povo de características peculiares, nossa, muita nossa. Quando chegamos do outro lado, na América branca, progressista, de primeiro mundo, nos sentimos sempre do lado de fora. Novamente, usam nosso trabalho como força de trabalho escravo. Um outro tipo de escravidão, tão cruel quanto a anterior. Não somos mais marcados a ferro, nem temos argolas nos nossos pés. Estamos atados a um ideal de ser que perseguimos porque isso significa ser evoluídos. O primeiro mundo dá subsídios aos seus para viver, mas os intrusos cabe-lhes os serviços que os nativos não querem mais. O sonho americano só serve para americano. Os hispânicos ou latinos, chineses, e de outros lugares do mundo são os invasores. Não quero o sonho americano, quero o sonho da brasileira que estuda, trabalha, e que por isso merece respeito. Mas, o maior respeito esta em ser “ser humano”, cuja dignidade deve estar acima do que tem ou do que consegue granjear com seus talentos, com seu salário, ou com a cor da sua pele.

Agora, eu pergunto: Chaves e Morales estão errados porque querem resguardar seus paises? Certamente que não. O equivoco está na forma de falar e fazer, mostrando-se ao mundo como ditadores-presidentes ensandecidos, atrasados, ignorantes. Eles perpassam uma idéia de governantes terceiro-mundistas, ultrapassados, nacionalista, mais para líder sindical do que para presidentes. Claro que minha palavra não reflete a de uma cientista política, a partir da experiência acadêmica o que vê. Retrata a visão de uma cidadã terceiro-mundista, que está pensando mais com seu umbigo do que, com acuidade de conhecimento.

Nosso país que se cuide! Estamos numa queda vertiginosa de valores morais, sociais, econômicos, sem que haja o repasse de suas riquezas para o povo que trabalha, que tem o direito de usufruir com um salário digno, com moradia de qualidade. Ao contrário da reportagem da Globo News, não aceito a corrupção, a roubalheira, a falta de caráter, de honradez. Não há categoria de bandidos, há bandidos, e eles precisam ser julgados e condenados de acordo com seus crimes e não quanto ao seu prestigio e dinheiro.

Estou desiludida. Nunca acreditei em nenhum político, mas agora, não acredito que nenhum deles possa fazer a diferença e possa tirar esse país do buraco em que ele se enfiou e está em queda livre. Não passamos de colônia do mundo. Cada um entra pega o que quer; os nossos cidadãos de “bem” aprendem para poderem tirar um pouco de lucro.

Precisamos procurar o local onde o umbigo do primeiro brasileiro foi enterrado, para saber se o rato realmente o comeu, e fazer uma oração bem forte, com muita fé, pra livrar o povo brasileiro da maldição da roubalheira, do mau-caratismo, acomodação, incapacidade para se aventurar a mudar o seu entorno. Precisamos implantar valores morais e espirituais no pais, de norte a sul. Tem uma musica sacra que diz “Cristo não é brasileiro, ele ama o mundo inteiro. E ele quem te diz: “feliz é a nação cujo Deus é o Senhor, que o tem por salvador...”” Tem que ser jejum e oração. Isso parece gozação, mas não é.

Recife. 26.05.07