Estava lendo algumas dicas oferecidas à galera que vai fazer as provas do Enem no próximo final de semana.
 
Recordei minha fase de concursos e vestibulares.
Certamente a ansiedade é a principal vilã.
Perto da prova e, principalmente, no dia do exame, o segredo é ficar sereno e buscar o equilíbrio emocional.
 
Não adianta, por exemplo, tentar aprender, nos últimos dias os quais antecedem a prova, o que não foi conquistado durante meses.
 
Recordei um disputado concurso que fiz.
Um rapaz levantou aflito e bradou:
_ Essa questão de Matemática está errada.
 
Todos ficaram confusos, os fiscais não sabiam o que fazer (geralmente eles detestam Matemática). Muito curioso eu resolvi verificar, mas não identifiquei o suposto erro.
O cidadão estava supernervoso. Explicaram que seria possível contestar a questão depois da realização do concurso, ele conseguiu se acalmar.
 
* Algo que não é nada bom acontecer é a indesejada dor de barriga.
Vale a pena evitar alimentos que deixam a flora intestinal inquieta.
 
Nessas provas, eu costumava ser bem ágil nas primeiras horas.
Os instantes finais eu utilizava para revisar.
 
Caso oferecessem o caderno depois de certo horário, eu aguardava.
Sempre gostei de conferir o gabarito e somar os meus acertos.
 
* Determinadas questões sempre apareciam.
O verbo “haver”, no sentido de “existir”, fica no singular e transmite a impessoalidade para o verbo auxiliar.
 
Batata! Esse era um ponto certo.
Podem conferir mil provas. Deve haver mil questões, nessas mil provas, desse tipo.
Vacilava quem marcava “Devem haver...”.
 
Nas questões de Matemática, quando surgiam contas complicadas, algo não caminhava bem. As contas são rápidas e objetivas. O segredo está no raciocínio proposto, ou seja, na interpretação da pergunta.
 
Percebam que a Matemática, sem saber interpretar, não anda.
 
Nesses excelentes tempos, na saída, era comum encontrar simpáticas mocinhas divulgando algum cursinho. Elas ofereciam um iogurte. Eu pegava e, muito discreto, conferia as belas pernas das princesas.
 
Ah! Era legal demais.
Não tinha Facebook, quase não existia celular, Fátima Bernardes não apresentava seu ridículo programa global, RC ainda processaria umas vinte pessoas e o Faustão já contava as mesmas piadas idiotas.
As músicas agradavam os ouvidos, a banda Legião Urbana brilhava.
 
* Lendo algo sobre o Enem, bateu uma saudade gostosa.
 
Espero que a rapaziada arrase em 2014!
 
Desejo que os meninos e meninas sejam bastante vitoriosos, porém, contrariando uma famosa canção da Legião Urbana, eu sigo gostando apenas das meninas.
 
Um abração!
Ilmar
Enviado por Ilmar em 07/11/2014
Reeditado em 07/11/2014
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