VOLTA LOGO, JESUS!!

Penso que por trás de todas as mazelas do mundo está a fome de PODER. Em busca dele há quem vilipendie, calunie, puxe tapetes, roube, mate... e ache que quem é incapaz de fazer essas coisas é... BABACA!. Então, de certa forma, é possível deduzir que essa é a origem de, pelo menos, uma coisa que infelicita o mundo: a canalhice.

Recentemente passamos por dois processos eleitorais, bastante polarizados, em que as pessoas fizeram desabafos nas redes sociais, mostrando suas faces ocultas, os retratos de Dorian Gray. Assisti a tudo sem me manifestar, porque até chegar “ao Cabo da Boa Esperança” onde ora me encontro, eu vivi fatos históricos, que me permitem analisar discursos, inferir as reais razões dos comportamentos assumidos e, por fim, distinguir os tolos, dos bem intencionados e dos pérfidos.

Os resultados das urnas não foram os que eu esperava como cidadã, já que nenhum dos candidatos efetivamente me cativara. Contudo, eu respeito a vontade popular, defendo a democracia e me conformo, pois percebo que o partido vencedor, apesar das abomináveis acusações de práticas espúrias, tem sido benéfico àqueles que tiveram o azar de nascer lascados nessa vida. Refiro-me àqueles que vieram ao mundo em famílias cujos acessos à dignidade são relegados ou dificultados por outros que conspiram para que a “manada” seja eternamente cega e doente, pois essas são condições que perenizam os “sabidos” que se revezam no poder.

De repente, começo a ver os inconformados, assumindo os papéis de “arautos do apocalipse”, pregando, a plenos pulmões, o caos. Torcem pela volta da inflação, defendem o impeachment, anseiam a volta dos militares ao poder, querem que o mundo acabe em fogo para que o mar ferva e possam comer peixe cozido, na vã ilusão de que não somos todos “mariscos” e de que não nos despedaçaremos na briga entre “o mar e o rochedo”.

Não creio que seria muito diferente, caso o partido opositor tivesse sido o vencedor. Certamente, neste momento, estaríamos ouvindo falar sobre greves, paralisações.... Eu já assisti a esse filme diversas vezes e odeio-o, pois ele é protagonizado por um bando de inconsequentes e irresponsáveis, que também “querem ver o circo pegar fogo”.

Nesse ponto, considerando que o Brasil é a nossa pátria e refúgio, eu vejo que para que aprendamos a viver e a perceber quem é que, realmente, tem PODER no universo, precisaríamos de que Jesus surtasse de novo, do jeitinho que Ele fez (João 2.13-25) quando se aproximou do templo de Jerusalém, por ocasião da páscoa.

Ao constatar que o pessoal tinha transformado o recinto em um local de vendas de animais (bois, carneiros, pombos que seriam usados como oferendas) e de câmbio (trocavam as moedas estrangeiras pelo “shekel”, que era a moeda hebreia), Ele pegou um chicote “expulsou todos do templo, bem como as ovelhas e os bois, derramou pelo chão o dinheiro dos cambistas, virou as mesas, e disse aos que vendiam as pombas: Tirai daqui estas coisas; não façais da casa de meu Pai casa de negócio.”

Acho que mesmo que eu também tomasse umas chibatadas pelos muitos pecados que tenho, eu adoraria vê-Lo surrando os lombos de um monte de gente que pensa que somos todos imbecis e não percebemos que tudo o que qualquer oposição quer é o PODER para satisfazer os seus apaniguados. Acho que eu O aplaudiria, se, simultaneamente, Ele bradasse: “Raça de víboras”!! “Raça de víboras”!!!! “RAÇA DE VÍBORAS”!!!!!

Sei que Ele só virá quando quiser, mas eu estou tão enjoada desse jogo perverso que, todos os dias, eu peço baixinho: “Volta logo, Jesus!!”

NORMA ASTRÉA
Enviado por NORMA ASTRÉA em 06/11/2014
Reeditado em 31/10/2017
Código do texto: T5025552
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