TEMPO PARA O TEMPO
Existem coisas que só serão bem aproveitadas, se a ela, for dada uma atenção demorada, sem pressa. Estou falo é do beijo demorado, da atenção atenta olho no olho do filho, da filha, da esposa, do pai, da mãe e do amigo. Estou falando da iguaria que se põe a mesa, que precisa ser degustada morosa e esmeradamente, com o fim de identificar e vibrar com cada detalhe e ineditismo.
Mas o que temos? - "Correria"! palavra deveras recorrente hoje em dia.
Vivemos sob a tirania do instante. O acontecimento se consome no mesmo momento em que aparece. Vivemos o tempo da extinção do tempo. Soa em bom tom dizer "que quem se dá o respeito, obrigatoriamente, não tenha tempo". Mas como dizia cazuza: "o tempo não para". Enquanto isso,perde-se, ou melhor, perde-se não, eterniza-se em forma de memória, não o que fizemos, mas o que deixamos de fazer. Assim, o tempo cronológico não revelará pessoas experientes e sábias, e sim pessoas que vivem sob o assombro de um passado que se atualiza todos dias e joga em sua cara o quanto deixou de aproveitar.
Mas devemos vivemos viver sob a égide do sentimento de culpa?
De jeito maneiro meus amigos. O negócio, é ter TEMPO PARA O TEMPO.