Pobre de ti...
Não sei como chegamos a isso.
É fim de tudo, incompreensível, ilógico, absurdo, incoerente.
Nunca por mim imaginado, nem por ninguém.
Não sei como começamos esse amor, ardente, voraz, voluptuoso, consumidor, esse amor bandido, esse amor maldito, utópico, esse amor sem futuro possível.
Não sei como nos envolvemos assim. Nesta loucura, despudorada, indecente, imoral, apaixonada.
Não sei como a isto pudemos chegar. Como pudemos a esse amor sustentar? Como esse amor vingou, como subsistiu, como resistiu?
Amei, doei o melhor de mim, fui sincero, leal, companheiro e amigo, amante ardente, cúmplice, fui tudo e nada...
Amei, sofri, chorei, pois, descobri não era amado. Desejavas o meu corpo e a minha alma. Querias que eu fosse teu, mas não querias ser minha.
Nunca fomos realmente íntimos, nunca permitiste que nos envolvêssemos profundamente, que fossemos um só.
Pobre de espírito, imatura, preconceituosa, arrogante e narcisista, só para ti queres tudo, sem nada dares aos outros, és egoísta.
Fui vítima do teu egoísmo
Amei, sofri, chorei...mas fui feliz assim mesmo, pois, fui generoso, fiz somente o bem, fui teu apoio, teu braço forte, teu abrigo nas tempestades, fui a tua luz no final do túnel, fui teu amigo, teu companheiro, teu amante, fui teu cúmplice, tudo fiz sem nada esperar em troca.
Deste-me a desilusão, a falsidade, a mentira, a traição.
Amei, chorei e sofri...ao compreender que nada signifiquei para ti, que nada fui em teu viver.
Fui para ti, apenas um brinquedo, uma diversão, um jogo.
Como te enganavas pensando que me enganava.
Utopia pensar que um dia poderias mudar, que um dia chegarias a conclusão de que eu estava certo...tudo em vão.
Sofri, não por não ter conseguido que me obedecesse, não era isso que eu queria, sofri porque não conseguias compreender o que eu dizia, porque não consegui me fazer entender.
Sofri porque gostava muito de ti...sofri porque tive que usar de violência contra mim mesmo pra te esquecer...pra te tirar da minha vida...pra compreender que não eras o grande amor da minha existência...que estava iludido, enganado.
Sofri, amei, chorei...Quem ama e não sofre? Quem ama e não chora? Somente tu, leviana, insegura, insensível, só mesmo tu, que não consegues amar, não consegues te entregar, não consegues nem sofrer, nem chorar...nunca vi cair de teus olhos uma lágrima...
Pobre de ti, mulher de espírito fraco...pena é o que sinto...não de mim...mas de ti...por seres como és...por saber o que serás...por saber que não sabes amar...por saber que não sabes nem receber amor...pena é o que sinto de ti...pelo que fatalmente serás...só e triste...sem carinho...sem amor...só e desamparada...sem apoio...sem guarida...só e tristonha...rica e pobre...pois, coisas materiais nada valem sem amor...pena é o que sinto de ti...
Tola foi ao abrir mão da tua felicidade, quando deixaste o amor escorrer por entre teus dedos, quando foste orgulhosa, mesquinha.
Tola foi quando recusaste um amor verdadeiro. Tola foi quando, mentiu e enganou.
Foste tola para contigo mesma, pois, só a ti mesma enganaste. Teu mesmo será o prejuízo. Tola, sem juízo, leviana, ficarás sem amor, sem carinho, sem afeto, sem ninho. Vagarás pelo ninho dos outros, qual ave errante.
Migalhas de amor, este será o teu premio. Darás prazer a outros, mas não terás prazer. Serás triste e sozinha. Tuas companheiras serão a arrogância, a teimosia, à mesquinhez, a triste solidão.