O EX- “WORLD TRADE CENTER” E MINHA DÚVIDA ATROZ...
 
Neste mês de novembro,(2014),sem alguma solenidade ou badalação,(nem seria mesmo cabível e ou oportuna,qualquer solenidade), a cidade de Nova Iorque, inaugurou seu novo e imponente “ WORLD TRADE CENTER”, no mesmo lugar, onde existiu o antigo e majestoso WTC,  atingido covardemente por fanáticos terroristas,em 11 de setembro de 2001,matando milhares de pessoas inocentes,em atentado orquestrado sob o comando  do ex-terrorista fanático: Ossama Bin Laden.                                                                                    O indigitado proporcionou uma catástrofe-espetáculo de maior mau gosto aos olhos do mundo. Uma agressão,sem precedentes contra uma nação e contra a própria humanidade. Um ato insano. Curioso e absurdo,eis que não seria só o WTC o alvo, mas a Casa Branca em Washington, e, mais o Pentágono,além de outros... Tudo planejado e orquestrado pelos fanáticos anti-americanos.
Agora,os norte-americanos dão a sua resposta...à estúpida agressão.Inauguram outro imponente , bem maior que o antigo, para abrigar somente empresas,como funcionava mesmo o antigo edifício, destruído implacavelmente, tão grande e alto,que era visto,na época, em qualquer lugar de Nova Iorque,dada a sua grandeza.Agora,passados 13 anos, outro maior, se instala,sem fitas de inauguração,sem autoridades,municipais,estaduais, federais e sem alguma ostentação...No entanto, é maior e mais sofisticado que o anterior,totalmente detonado. Extinto. Hoje só restou um memorial aos mortos que são milhares,  reverenciados ao lado do novo WTC.
Foi em 1994 que, no início do ano, visitei o então velho “WOLD TRADE CENTER”-  Na época já assombrava, com 110 andares,95 elevadores turbinados-expressos e sem ruídos que em segundos chegavam até o 50º. andar e,depois devíamos pegar outro até atingir o topo. Nevava e não se podia chegar na parte externa do belo edifício.Ao lado,a torre gêmea. Das vidraças via-se a cidade toda.Nada se ouvia lá do alto.Silêncio era total.Só se ouvia o murmúrio de turistas,admirados.Atônitos.
A vista da cidade de Nova Iorque era impressionante,bela e daquela altura as pessoas na rua,  não eram jamais identificadas ... O panorama urbano estava branco e deslumbrante. Tudo já coberto pela neve,inclusive o rio Hudson,na Ilha de Manhattan,pois era mês de janeiro.O inverno se fazia presente.
Ao terminar o meu filme da máquina,embora moderna para a época,ainda era de fita celulóide,e, havia uma gentil,japonesinha,num quiosque, que dentro de uma sacola preta voltava e retirava o filme para você guardar e,depois,revelá-lo,conforme mandava o figurino. Estava lá para vender novos filmes e outros “souvenirs”...diariamente.Nem se pensava,na época,na máquina digital.Esta veio tempos depois.Hoje,ainda o filme celulóide tem sua magia...persiste.
Comprei um novo filme no quiosque. Ela sorriu... Coloquei novamente na máquina o carretel e continuei a fotografar...Mais tarde,deixamos o WTC e, voltamos para o Sheratton hotel.
Anos após,com a tragédia de 11 de setembro de 2001, já no Brasil, ante milhares de mortos, jamais consegui saber se a gentil japonesinha do quiosque estaria entre os desaparecidos na tragédia.Jamais saberei dela.Nem mesmo seu nome irei saber...
Fico,por vezes,pensando nela... Teria perecido também quando os aviões atingiram- impiedosamente- as duas torres?
Até hoje nada sei.
Talvez jamais saberei...
Eis,pois, a razão da minha impiedosa e persistente dúvida...Ninguém merece isso...a dúvida. Uma dúvida atroz...