RETALHOS DE VIDA.

Imitando a Vida ?......Quem sabe.....

N a distante cidade de “ Isto pode, isto não pode...” , uma família tradicional, destas “ de referência”, como dizem aqueles que adoram nomear tudo... tinha um filho bacana, jovem, que optara por ser gay ( não cabe discutir se opção , genética..seria infundado).O que importa na estória é a mãe...ah....leitores, aquela mãe que se envergonhava dele, não circulava pelas ruas jamais de braços dados com sua cria...ah, a mãe ..era superior, pois era mãe e pensava que tudo podia- até mesmo manifestar seu desgosto pela escolha do rapaz. Vamos pulando cenas, pulando cenas da cidade de “ Isto pode, isto não pode”....a mãe adoeceu. Ah... e então, adoeceu e não foi pouco, E não sei se vejo uma vingança da Vida ou...um presente para que haja tempo de livrar-se deste preconceito..mais este. Fato- anos mais tarde, uma cena inusitada de ambos caminhando pelas ruas da cidade...e a mãe fortemente amparada pelos braços do filho, que tornou-se seu apoio, seu caminhar, sua possibilidade de ainda transitar entre os seus...

Hoje, o autor da novela cegou o Senhor Preconceito, fez dele um homem traído por muitos, judiou de seu coração, ao final...ei-lo caído no chão...Na novela, o autor deu-lhe de presente “ ser cuidado pelo filho”, aos meus olhos muito mais vingativo que generoso, sutilmente..... Diante de tanta impotência....somente lhe restou perdoar e declarar seu Amor...em uma cena grandiosa, que talvez aconteça muitas e muitas vezes, pelas cidades onde “ Isto pode, isto não pode...”

Sororidade Contada em Prosa e Verso
Enviado por Sororidade Contada em Prosa e Verso em 02/11/2014
Reeditado em 02/11/2014
Código do texto: T5020069
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