BACHARÉIS EM DIREITO SE REENCONTRARAM 17 ANOS DEPOIS!
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Dezessete anos depois: um turbilhão de lembranças trocadas, gargalhadas refeitas e relembradas, diferenças visuais conferidas na cor dos cabelos, saudades infindáveis, abraços e beijos dados, novas fotos para conferir o antes e o depois no futuro. Assim foi o reencontro da turma de Direito do ano de 1997. Acompanhei minha esposa, Yara Queiroz, de quem ainda era namorado na época, mas dentro dela, já chutava em seu ventre, com força, o Carlos Costa Filho que, sem saber, a acompanhava a todos lugares, inclusive às aulas na famosa Faculdade da Jaqueira, como é conhecida, até os dias de hoje a Faculdade de Direito, agora funcionando no Campos da UFAM, também a acompanhou, sem saber em sua colação de grau e na festa de formatura.
A colação de grau ocorreu no Auditório do Cecomiz e o baile de formatura, no salão de Festas do Condomínio Jardim das Américas e o segundo reencontro ocorreu no Restaurante “Beergarten”. Na noite da formatura em 1997, depois da falta de energia no Auditório da Colação de Grau e ligações frenéticas de muitos à Concessionária de Energia pedindo o retorno da luz, o baile de formatura teve direito a projetor em uma tela, mostrando as pessoas presentes. Duas ausências foram sentidas no reencontro, por falecimento: Eurico Manual Nogueira da Silva, delegado de polícia, vítima de câncer e de Antônio David Celestino da Silva, funcionário do Tribunal Regional do Trabalho, por meningite.
No primeiro encontro da turma, estiveram presentes promotores de Justiça, Procuradora Municipal, Oficial de Justiça, Assessora Jurídica da Assembleia Legislativa e alguns advogados e advogadas que militam no dia a dia nos Fóruns de Manaus. Alguns profissionais formados, decidiram fazer concursos e abraçar carreiras que lhes eram pertinentes, como o promotor Freitas, que fez um juri simulado no qual minha esposa serviu de ré. O crime? Só rir demais ao ouvir a gargalhada, ao ponto de seu professor de Direito de Família, José Russo, dizer que ainda conseguia ouvir o sorriso da Yara ecoando pelos corredores da Faculdade . Também foi lembrado por minha esposa, quando fraturou o dedo na porta de seu carro, de forma involuntária sua colega, Adriana passou a dirigir o veículo para que não faltasse às aulas! Até hoje Yara é grata por isso! A hoje oficial de justiça Jucilene, relembrou alguns fatos hilários, como no dia que parte da turma saiu furtivamente da sala de aula para cantar “videoquê” em uma área não muito familiar na Feira da Banana, na Manaus Moderna, no Centro, o que motivou a risada dos presentes, quando revelaram que estavam dentro de um barzinho que servia de bordel.
Voltando ao tempo, na ocasião da Colação de Grau, Manaus passava por uma crise e racionamento de energia elétrica, por áreas específicas, de 4 em 4 horas, depois aumentou para seis com e seis sem. No meio da solenidade, com autoridades presentes, foi embora a energia, o calor no auditório ficou insuportável e foi um desespero de ligar para a Concessionária de Energia e pedir o seu restabelecimento, mas a turma teve que esperar as quatro horas de rodízio na cidade, mas adiantada um pouco no seu retorno pela presença das autoridades.
No presente, as diferenças nos cabelos que mudaram de cor foram conferidas, as risadas retornaram, os promotores, a procuradora municipal compareceram e todos brindaram o reencontro. Eu sentado à mesa, só observando em silêncio: pouco falei! Fui ao banheiro e, ao retornar, minha esposa dizia o quanto tinha sofrido acompanhando-me com meus problemas de saúde desde 2006. Embora tomando só água, me senti feliz, mais amado além do que já sabia que era. Explicava porque ainda vivo sem os dois lados de meu crânio: “a infecção foi tão violenta que fizeram uma cranioplastia na cabeça dele, removendo os dois lados do crânio. Tenho o maior cuidado porque se ele cair e bater a cabeça, poderá morrer e não sei como viverei sem meu “bebê” porque estou acostumado com a companhia dele”. Eu só ouvindo e observando as mudanças nas fotos que levaram e pousando para fotografias novas!
Todos estavam diferentes, se não na aparência, pelo menos nos caminhos que seguiram depois de formados! Se haverá novo encontro dessa turma com quem também convivi antes de sofrer “empiema cerebral” como professor do curso de Serviço Social, só o tempo dirá, mas foi agradável rever os “colegas” que não foram os meus, mas com os quais convivi durante todo o período em que namorei com Yara Queiroz, que, por informações por ela passadas, sempre fizerem parte de sua vida naquela faculdade. Um deles, principalmente o Freitas, hoje promotor, minha esposa guarda uma boa lembrança. Considerou que foi uma bobagem ter deixado de falar com ele porque o achava de temperamento circunspecto. Contudo, sempre me disse que se sentiu feliz em participar de um juri simulado na qualidade de ré e Freitas atuando de forma magnífica, como promotor.
A turma de bacharéis em Direito do ano de 1997 vai ficar na história da “Jaqueira”, com certeza!