Xenofobia, um crime contra os direitos humanos.

Fala-se tanto na luta contra o preconceito, mas a nossa sociedade está mergulhada em atitudes de extrema intolerância em relação ao que é desconhecido ou diferente.

No momento, a xenofobia (antipatia ou aversão pelas pessoas ou coisas que fazem parte de outra cultura) está em alta, pois os nordestinos estão sendo duramente criticados nas redes sociais, por discursos de ódio dos eleitores da direita inconformados com o resultado das eleições, como se os milhões de votos obtidos viessem apenas dessa região do país.

Engana-se quem pensa que no nordeste todos dependem desses planos governamentais para viver. Tanto nessa região como em todas as outras do Brasil existem pessoas sofrendo com a miséria, o desprezo, a violência, o preconceito, entre tantas outras coisas que adoecem o corpo e a alma.

O nordeste possui lugares belíssimos, uma diversidade cultural invejável, um povo alegre e trabalhador, além de muitas riquezas materiais e imateriais. Se pararmos para observar a nossa história, o povo nordestino foi o responsável pelo crescimento dos grandes centros urbanos do país, como por exemplo, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. E tem mais, todos os nordestinos que residem em outras regiões vivem suas vidas independente do que pensam sobre eles.

Segundo o Art. 5º da Constituição Federal de 88: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade...”. Sendo assim, por que muitos se colocam numa posição de superioridade em relação aos semelhantes? O que se observa é uma clara determinação preconceituosa dessa gente que traz uma superioridade que não possui e uma ignorância que os consome.

É lamentável que, em pleno século XXI, tantos vivam no mundo da ignorância, achando que o mundo é apenas aquilo que os olhos alcançam. Sem falar que a pobreza de espírito é a pior que existe, pois não tem solução. Ainda acredito no poder transformador e emancipador da educação, pois, se desejamos um país melhor para se viver, precisamos mudar nossas atitudes quanto cidadãos. Precisamos educar nossos filhos para que as futuras gerações sejam melhores, em todos os sentidos, que a xenofobia e tantas outras formas preconceituosas desapareçam da nossa sociedade e que, finalmente, as pessoas vivam como irmãos.

JÔSE BARBOSA
Enviado por JÔSE BARBOSA em 29/10/2014
Reeditado em 04/10/2022
Código do texto: T5015420
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