Pandorga rubroanil
Pandorga rubro anil
Tertuliano,filósofo de Cartago,um dia ,proferiu esta frase:”Vemos nossos perseguidores cometendo os mesmos crimes de que nos acusam à luz do dia.”
Amigo leitor,gostaria de voltar aos anos 50 e promover um encontro comigo mesmo.
Filho de nordestino operário,afro descendente,cursava uma escola pública de boa qualidade,fato que me propiciou ingressar num dos melhores colégios do Brasil,o Colégio Pedro II. Lá ,estudei com judeus superdotados,descendentes de famílias abastadas que tinham piano em casa...
Indago,pois,quem,hoje em dia,tem piano em casa?Naquele tempo,era comum o estudo de musica e os grande mestres como Chopin,Berlioz dentre muitos ‘visitavam tais famílias...Eu era acolhido ,com carinho,pelos colegas que viam em mim algum valor.
Naquele tempo,apesar de,já haver,diferenças entre classes econômicas,ainda existia aparente fraternidade.A Educação era inclusiva e os ideais de Anisio Teixeira eram esboçados na era Getuliana.
O tempo da unidade,infelizmente,deu lugar a um abismo,separando o rico do pobre,o negro do branco,a despeito de se tentar argumentar que no Brasil,não há discriminação!
Amigo leitor,Tertuliano ,segredando ao meu ouvido,dispara outra verdade irrefutável:”As duas cegueiras caminham juntas:aqueles que não vêem o que acontece ,pensam que vêem o que não acontece!”
Aquilo que me parecia latente e recusava a crer,tornou-se ,meridianamente,cristalino:A intolerância,o ódio entre as classes veio a tona!
O embate de idéias,por ocasião das eleições para presidência da Republica gerou um sentimento de animosidade,visão maniqueísta entre os contendores.Amizades,aparentemente,solidas,sofreram arranhaduras peçonhentas...
Após,o final das eleições,o desenho resultante do novo ordenamento político,mostrou o mapa do Brasil semelhante a uma pandorga rubro anil.
Na parte superior,rubra de sangue,contingentes de nordestinos,negros TRABALHADORES manifestaram sua vontade.Na parte de baixo,azulada a parte belga,não menos trabalhadora se revoltou com o resultado do pleito.Uma onda de vitupérios,chamando a população encarnada de ‘gente pacóvia’,massa chucra se avolumou num verdadeiro tsuname de ódio e intolerância de parte a parte.Nosso pais,qual pandorga bicolor,sustentada por fino cordel é presa fácil a dominação econômica e aos oportunistas,os ungidos por Deus...
Leitor amigo,lave os olhos turvos pela poeira da iniqüidade da intolerância histórica,do apego a privilégios e entenda que este abismo social levará a derrocada da sociedade brasileira e ouça o pensamento singelo,obvio de um de nossos maiores pensadores que,na década de 80 foi preterido pela idéia de “acabar com a violência em seis meses”! Uma geração inteira,naturalmente de pobres,negros foi dizimada sob pretexto de se ‘limpar” a sociedade.Concluo estas reflexões repetindo o que Anisio Teixeira insistia,clamava ,solitário,e os ouvidos permaneceram moucos...
“Só existirá democracia no Brasil,no dia em que se montar a maquina que prepara as democracias. Essa máquina é a da escola pública!
Pandorga rubro anil
Tertuliano,filósofo de Cartago,um dia ,proferiu esta frase:”Vemos nossos perseguidores cometendo os mesmos crimes de que nos acusam à luz do dia.”
Amigo leitor,gostaria de voltar aos anos 50 e promover um encontro comigo mesmo.
Filho de nordestino operário,afro descendente,cursava uma escola pública de boa qualidade,fato que me propiciou ingressar num dos melhores colégios do Brasil,o Colégio Pedro II. Lá ,estudei com judeus superdotados,descendentes de famílias abastadas que tinham piano em casa...
Indago,pois,quem,hoje em dia,tem piano em casa?Naquele tempo,era comum o estudo de musica e os grande mestres como Chopin,Berlioz dentre muitos ‘visitavam tais famílias...Eu era acolhido ,com carinho,pelos colegas que viam em mim algum valor.
Naquele tempo,apesar de,já haver,diferenças entre classes econômicas,ainda existia aparente fraternidade.A Educação era inclusiva e os ideais de Anisio Teixeira eram esboçados na era Getuliana.
O tempo da unidade,infelizmente,deu lugar a um abismo,separando o rico do pobre,o negro do branco,a despeito de se tentar argumentar que no Brasil,não há discriminação!
Amigo leitor,Tertuliano ,segredando ao meu ouvido,dispara outra verdade irrefutável:”As duas cegueiras caminham juntas:aqueles que não vêem o que acontece ,pensam que vêem o que não acontece!”
Aquilo que me parecia latente e recusava a crer,tornou-se ,meridianamente,cristalino:A intolerância,o ódio entre as classes veio a tona!
O embate de idéias,por ocasião das eleições para presidência da Republica gerou um sentimento de animosidade,visão maniqueísta entre os contendores.Amizades,aparentemente,solidas,sofreram arranhaduras peçonhentas...
Após,o final das eleições,o desenho resultante do novo ordenamento político,mostrou o mapa do Brasil semelhante a uma pandorga rubro anil.
Na parte superior,rubra de sangue,contingentes de nordestinos,negros TRABALHADORES manifestaram sua vontade.Na parte de baixo,azulada a parte belga,não menos trabalhadora se revoltou com o resultado do pleito.Uma onda de vitupérios,chamando a população encarnada de ‘gente pacóvia’,massa chucra se avolumou num verdadeiro tsuname de ódio e intolerância de parte a parte.Nosso pais,qual pandorga bicolor,sustentada por fino cordel é presa fácil a dominação econômica e aos oportunistas,os ungidos por Deus...
Leitor amigo,lave os olhos turvos pela poeira da iniqüidade da intolerância histórica,do apego a privilégios e entenda que este abismo social levará a derrocada da sociedade brasileira e ouça o pensamento singelo,obvio de um de nossos maiores pensadores que,na década de 80 foi preterido pela idéia de “acabar com a violência em seis meses”! Uma geração inteira,naturalmente de pobres,negros foi dizimada sob pretexto de se ‘limpar” a sociedade.Concluo estas reflexões repetindo o que Anisio Teixeira insistia,clamava ,solitário,e os ouvidos permaneceram moucos...
“Só existirá democracia no Brasil,no dia em que se montar a maquina que prepara as democracias. Essa máquina é a da escola pública!