O QUE SE PODE COLOCAR NO AMOR.

Condicionamo-nos a pensar, que a nossa vida e o nosso objetivo a partir dela, é apenas nos preocuparmos com o futuro, e assim, planejamos muitas coisas para um horizonte, que nem sabemos se ali vamos chegar. Mas, é importante observar que ela não gira só em grandes momentos.

Contudo, esses pequenos intervalos de tempo se fazem repetidas vezes, e nos pegam despercebidos, e ficam armazenados em recantos da nossa mente, que quase sempre consideramos sem importância, e quando nos damos conta, ele já passou. Quase nunca nos lembramos de exatamente o que dissemos, ou o que fizemos a pessoa a qual nos relacionamos.

Mas, estas, sempre vão nos lembrar como as fizemos sentir-se. É o velho adágio – quem bate não lembra, mas quem apanha nunca esquece – não devemos estabelecer um tipo de comportamento, e pensar que a nossa vida, só diz respeito aos nossos objetivos e ao nosso futuro, e esquecer que esta nossa passagem, é uma transição de pequenos e grandes momentos.

Nós temos o livre arbítrio de escolhermos as pessoas, os lugares e os eventos, da mesma maneira como selecionamos as condições e as circunstâncias, assim como os nossos desafios e obstáculos, as oportunidades e as nossas opções. Tudo isso, para criarmos a nossa própria experiência. Esse é um dos objetivos da vida.

É por este motivo que devemos olhar o que optamos, e agradecer a todas as pessoas e condições. Porque nada nos acontece por acaso, não existe coincidência e muito menos um destino programado. Uma coisa só é certa ou errada intrinsecamente, é um arbitramento subjetivo em nosso sistema pessoal de valores. E que determina quem somos.

A nossa vida é continuamente o resultado dos nossos pensamentos em relação a ela. Quando me refiro a relacionamentos fracassados, na verdade eles nunca serão considerados um “fracasso”, exceto é claro, no sentido estritamente humano, por não ter nos proporcionado o que desejávamos.

O pseudofracasso ocorre, porque foram formados pelos motivos errados, ou seja, de não favorecerem a nossa sobrevivência, uma vez que a maioria dos relacionamentos é visada apenas “O que se pode tirar dele”, em vez de “O que eu posso colocar nele”.

O grande objetivo dos relacionamentos deveria ser a decisão de quais são as partes de nós mesmos, que gostaríamos de “Revelar”, e não quais as partes da outra pessoa pode ser possuída ou dominada. O nosso romantismo nestes casos amorosos, sempre nos faz construirmos frases como esta “Agora encontrei a pessoa especial, e que me completa”.

Quantas vezes já dissemos isso? Todavia, o real proposito dos relacionamentos não é ter uma pessoa que nos complete, e sim, ter alguém com quem possamos dividir tudo aquilo que possa nos completar.

Marcus Paes
Enviado por Marcus Paes em 28/10/2014
Reeditado em 26/06/2018
Código do texto: T5014844
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