ESTRADA DA VIDA

Prof. Antônio de Oliveira

antonioliveira2011@live.com

Milionário e Zé Rico. Ambos palmilhando esta longa estrada da vida cantando... Longa. Para os dois, sim. Mas nem para todos. Pois de muitos a vida é ceifada prematuramente. Num acidente de trânsito, numa tocaia, num latrocínio, na pobreza extrema; em consequência de uma doença grave; no arruinamento da saúde em razão de drogas, alcoolismo, cigarro, falta de moderação, intemperança. Ou proveniente de um avião que semeie a morte.

Correndo, sem poder parar, na esperança de ser campeões, alcançando

o primeiro lugar. Inclusive nas paradas de sucesso.

Mas um dia o tempo cerca a estrada, o cansaço nos domina, as vistas se escurecem, e o final da corrida, digo, desta vida, chega para todos. Abre-se a cancela para uma vida melhor, segundo a crença de muitos.

Chega a hora. Como chega para todo o mundo, independentemente de raça, condição social, credo, nível de escolaridade, ou de concepção de vida.

Toda estrada da vida humana tem um ponto de chegada. Seu “deadline”. Prazo de validade. Nos noticiários às vezes se diz até vítima fatal. Na realidade, fatal não é a vítima, mas o acidente, a doença, a agressão, o bombardeio que vitimou alguém. Nesses casos se diz também fatalidade, destino, enfim, acontecimento por vezes imprevisto, embora nem sempre. Restando, para nós, a poesia de Castro Alves: "Fatalidade atroz que a mente esmaga!... / Extingue nesta hora o brigue imundo / O trilho que Colombo abriu na vaga / Como um íris no pélago profundo!..."

Esta é lição de vida, ou exemplo de vida para quem quer compreender: nós devemos ser o que somos, ter aquilo que merecemos.

Temos muito que aprender com a música popular, inclusive ultrapassando os sons e, neles, identificando e captando o recado, se não em todas, em inúmeras composições. Na verdade, a letra, numa música, é como o anexo num e-mail: podemos abrir o e-mail sem abrir o anexo.

Vida, um tesouro num vaso de barro. Chega uma hora em que o vaso se quebra. Finados†††

Antônio Oliveira MG
Enviado por Antônio Oliveira MG em 27/10/2014
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