A METADE DO COPO

A METADE DO COPO

26/10/2014

Já passamos das 23 horas deste domingo, as buzinas não me deixam dormir, resolvo escrever o que sinto. Ao lado do computador levo a mão para pegar o copo com água que lhe preenche quase a metade, e aí me lembro do dito relativo ao pessimista e ao otimista em suas visões de um copo semelhante, em conteúdo, ao que tenho nas mãos.

Metade é metade, as vezes o que falta ou o que sobra para a metade tem relevância maior do que o que se pode medir. Os números são relativos em sua composição. Nossa nação é feita de desigualdades, graças a Deus. As visões são diferentes e desiguais, mas semelhantes. Poucos são aqueles que só olham para o próprio umbigo. Enquanto estes tentam encher o próprio prato outros tentam encher aqueles pratos, os produzindo, produzindo o que neles será colocado ou ainda produzindo os instrumentos e utensílios que serão utilizados para transporte de seu conteúdo até a boca, ou aquilo que usarão para higienizá-los até a próxima refeição. Dentre estes ainda podemos encontrar aqueles que sofrem de deficiência visual que enxergam a realidade sob lentes que a deturpam e subvertem.

Ainda vivemos num país de famintos. Famintos de cultura e de conhecimento. Famintos que se alimentam do ouvi dizer, famintos de cultura que exercem o poder por conhecimentos gerados por pontos eletrônicos.

Cultura e conhecimento que credenciam para o exercício do poder. Poder de gestão, de gerência, de administrar, de planejar, de governar pelo povo e para o povo.

Pelo povo sempre será na democracia independentemente de sua cultura já para o povo, será preciso de mudança e é ele, o conhecimento que trás e viabiliza a mudança que é lenta e gradual pois envolve comportamento.

O conhecimento é obtido de duas formas pela teoria e/ou pela prática. Pela teoria sabemos que será difícil, já pela prática poderemos aprender ao longo de quatro anos, basta-nos observar.

Geraldo Cerqueira