As primaveras do peito meu..

As vezes tenho a impressão que meu humor muda com o tempo. Não o tempo dos relógios ao qual as rugas cedem e a nossa biologia acompanha. Esse tempo aí muda (melhora) muita gente. Eu to falando é do tempo atmosférico mesmo.. chuva e sol.. sem casamento de espanhol. E isso não é bom em primaveras inconstantes onde a mudança de cor nos céus é constante. Aliás, constante em mim é a dúvida se estou me tornando aquela pessoa chata, e é insuportável ser chata em um mundo de “gente fina”, ou se é o excesso de realidade que tem habitado meu órgão oco formado por musculatura estriada cardíaca. Embora pareça estranho, eu quis mesmo falar do coração usando sua definição científica pra parecer menos piegas nesse momento em que o céu está cinza. Eu aceito que seja difícil conviver com pessoas temperamentais como eu, mas ajudaria se eu dissesse que logo o sol vai voltar? A mim, apetece muito mais a minha metade que sorri.

Marília de Dirceu
Enviado por Marília de Dirceu em 25/10/2014
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