Essa democracia não é séria!
Essa democracia não é séria!
Esse país é sério demais!
Ouvimos candidatos à presidência - cargo máximo – digladiando e aplaudimos as propostas de ambos; não há propostas, simplesmente, posts... vazio discursivo preenchido com sofismas.
Socorro!
De um lado um partido, do outro lado um partido; e o país partido ao meio, dividido e subtraído em conchavos e conluios. No meio dessa mixórdia, o povo, uma massa que brada discursos (comprados) e legitima “poderes, podres poderes”. Estamos navegando na pororoca da democracia, sem coletes salva-vidas e engolindo palavras viciadas e promessas que terminam depois do pleito. Tudo bem! Promessas foram feitas para serem quebradas e palavras perdem sentidos com o tempo; vivemos em tempos de aspas!
Debates, embates e os gladiadores se engalfinham no palco da alienação – mídia – e, na sala, corpos jazendo de esperanças, assistindo ao espetáculo esdrúxulo que a programação oferece. Horário nobre; propostas de calão.
O que é a maioria? É preciso rever essa quantificação! Metade mais um e ...? A democracia busca apenas uma resposta.
Meus deuses!
Vivemos de escolhas, mas repetimos sempre as mesmas respostas.
“Que país é esse”?
É o país do carnaval e da melodia fácil. Do proselitismo e de ideologias individuais. Mas, tudo bem! Sabemos que não há mais cidadãos, há indivíduos. "Homo homini lupus", o homem é o lobo do homem; "Bellum omnium contra omnes", é a guerra de todos contra todos.
A democracia é, ainda, melhor solução, mas, ela corrompe a sociedade com as opções que oferece e, faz de todos, cúmplices de suas escolhas.
Essa democracia não é séria!
Mário Paternostro