O PORTO DE MANAUS, OS PROBLEMAS E AS DIFICULDADES!

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Os problemas de Manaus começam no porto de embarque e desembarque de cargas e passageiros da cidade a desembarcam no Aeroporto da Cidade, com calçadas não rebaixadas servindo de bares, puxadinhos, postes no meio da rua, estacionamentos desrespeitados por motoristas irresponsáveis que se acham donos do município e chegam a todas as zonas de Manaus, por falta de ação, visão e decisão política Municipal e Estadual dos administradores da Prefeitura e do Governo do Estado. Os problemas sociais, estruturais e políticos existentes acompanham o crescimento não planejado e desordenado da cidade que completa 354 anos e terá pouca coisa para comemorar, porque os políticos continuam os mesmos e que se lançaram na eleição de 1982, com o ex-governador Gilberto Mestrinho. Só mudaram e criaram novos partidos, mas são sempre os mesmos e com as mesmas promessas, mesmas denúncias e sempre próximo de uma eleição decisiva para os próximos quatro anos. É lamentável! Dividida entre o precário porto da Panair, no bairro de Educandos, em homenagem aos aviões anfíbios da Paner do Brasil que pousavam naquela área e o precaríssimo porto de embarque e desembarque de passageiros e mercadorias ao lado do Porto Flutuante de Manaus, a cidade não é mais a mesma, novas demandas sociais e decisões administrativas se fazem presentes para resolvê-los!

Manaus cresceu, se desenvolveu de forma desordenada, sem planejamento, sem calçadas para cadeirantes terem o direito de sair de casa, já tem mais de dois milhões de habitantes e necessita de um porto decente e confiável, que respeite as normas regulamentadoras expedidas pelo Contran. Infelizmente, a cidade se envergonha dos dois portos que possui, porque ambos nunca receberam atenção de qualquer administrador público. Os problemas começam no porto de carga e se confundem com a própria história do Porto flutuante da cidade, construído pelos ingleses entre os períodos de 1889 e 1920, na época áurea da borracha. Com arquitetura peculiar, o porto possui cais fixos e flutuantes, que acompanham o fenômeno das cheias e vazantes do Rio Negro, facilitando a atracação de embarcações em qualquer época do ano, informa uma publicação da Prefeitura de Manaus. A cidade completa 354 anos e não terá muito o que comemorar porque os problemas de fluidez no trânsito continuam os mesmos, nada melhorou e pouca coisa foi feito. Depois, nada mais foi feito!

Os 354 anos da cidade parece que não foram suficientes para perceber o problema ou eu encontrar uma solução técnica para resolvê-los e permitir o cumprimento integral das Resoluções 303/304 do Contran, expedidas no dia 18 de dezembro de 2008, em toda a extensão da Rua Lourenço Braga. Na rua, existem vagas demarcadas e cercadas com cones, correntes e tudo o que o Código de Trânsito Brasileiro proíbe para táxi, moto táxi, táxi carga e nenhuma vaga para idosos, cadeirantes e portadores de necessidades especiais. Ideias, soluções e propostas para melhorar ou resolver o problema foram apresentadas para permitir que o local se transforme em uma atração turística como já é o Mercado Adolpho Lisboa. Entra e sai prefeito, entra governador e sai governador e nada é feito ou aceito. Em seus 354 anos, de novo, Manaus terá pouco a comemorar porque progressivamente a cidade vem se enchendo de automóveis, motos e problemas e o porto de embarque e desembarque de cargas continua nos mesmos locais e tudo indica que continuarão com os problemas por mais algum tempo. O Código de Trânsito Brasileiro foi instituído pela lei 9.503/1987, seguido de várias resoluções regulamentares expedidas pelo Conselho Nacional de Trânsito. Algumas são cumpridas; outras, não, em várias áreas. Será que nenhuma autoridade pública percebeu essa necessidade urgente?

A revitalização do porto de Manaus, anunciado com muitas placas pelo ex-prefeito Amazonino Mendes e o asfaltamento da conhecida Ilha do Monte Cristo, anunciada para outubro de 2012 pelo então presidente da Manaustrans, coronel Walter Cruz (que se candidatou a deputado estadual e perdeu), nunca saíram das ideias, vontades políticas e promessas. Talvez a única ideia que tivesse saído do papel fosse a do ex-prefeito Manoel Ribeiro, se não tivesse sofrido intervenção por questões políticas do ex-governador Amazonino Mendes. O administrador de Manaus estava disposto a fechar a Rua Miranda Leão para o trânsito de veículos, restaurar o Mercado Municipal Adolpho Lisboa, transformá-lo em Museu, construir um novo porto na Ceasa para carga e descarga e tentar desafogar o centro da cidade. Os apelidados “manequinhos”, (micro-ônibus) que circularam por Manaus na época do prefeito, a compra de barcos velozes cobrando o preço de uma passagem de ônibus da época faziam parte de seu projeto. Tudo foi abandonado com a intervenção política e ninguém mais retomou o projeto que poderia ser a solução para sempre do problema da falta de um Porto para embarcações regionais, que param próximo ao porto construído pelos Ingleses para ecoar a produção de borracha do Amazonas e levá-la para a Europa, principalmente para a Inglaterra.

Depois da implantação da Zona Franca de Manaus em 1967, com o aumento do fluxo de veículos nas ruas, a melhoria da economia no Estado, a implantação da cobrança do ISS pelo prefeito Manoel Ribeiro, a cidade cresceu, inchou de forma desordenada e os problemas se agravaram porque o comércio de produtos regionais e de primeira necessidade para o interior se instalou nos Portos da Panair e na frente do Mercado Municipal Adolpho Lisboa, ao lado do Porto Flutuante e todas as mercadorias são transportadas até os motores regionais fazendo uso de carregadores ou carrinhos que transportam os produtos. Mas a falta de planejamento, a construção da Avenida Lourenço Braga, a construção da Feira da Banana, complicaram mais ainda o trânsito no local.

Hoje, filas duplas, triplas e quádruplas se formam ao longo da via e com pouca fiscalização do Manaustrans, que pouco pode fazer para controlá-lo pela inexistência de vagas que cumpram integralmente as Resoluções 303/304 de 2008.

Até quando continuará sendo assim?

carlos da costa
Enviado por carlos da costa em 24/10/2014
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