TEMPOS MODERNOS

Os dias do nosso tempo atual são rápidos, frios e sem cor. Levantamos cedo demais e dormimos tarde.

Comemos com pressa, não sentimos o verdadeiro sabor dos alimentos e dos temperos.

Vivemos uma ilusão de fim de semana com muitas realizações e, no entanto passamos a maior parte de nosso tempo livre em frente à televisão ou vidrados na tela de um computador.

Os nossos cumprimentos são acenos, economizamos palavras e não temos a efusão de um acalorado aperto de mão ou abraço. São os tempos modernos em que andamos por demais preocupados em ter mais e, ser menos.

Perdemos a paciência com frequência e também a qualidade de vida. Desperdiçamos tempos preciosos tentando chegar a algum lugar simplesmente para não fazer nada.

Vivemos como autômatos acumulando uma interminável gama de informações inúteis e muitas vezes deixamos de admirar as belezas de um nascer ou por de sol.

Mergulhamos em nosso íntimo, mas não meditamos, simplesmente nos fechamos na ostra que nos transformamos para não ver as mazelas e os desmandos que ocorrem ao nosso redor.

Tempos modernos que oferece todas as facilidades para melhorar as nossas condições de seres humanos, mas que na verdade nos afastam da humanidade.

Tudo é muito fácil e muito rápido, como as pizzas entregues no portão das casas, entregas a domicilio, compras virtuais, entre outras formas de distanciamento dos homens em seu habitat.

São esses os dias em que vivemos agarrados às coisas materiais e esquecemos não só da comunidade, mas de nós mesmos. Fazemos muitas contas, contamos os dias e os dias passam transformando-se em semanas e meses e, de repente é final de ano, sendo que para alguns é mais um ano na vida, mas que na verdade é menos um ano em nossas vidas, pois que não somos imortais e caminhamos implacavelmente para o fim.

São esses os tempos modernos da tecnologia dos cartões de crédito, das informações, das poucas conversas e, das salas, consultórios e clinicas com as agendas lotadas para as pessoas contarem seus problemas a um não menos problemático psicoterapeuta.

Falta o verdadeiro amor. As pessoas casam e se separam não só pela falta do amor, mas principalmente porque não se conhecem, aventuram-se num caso pela atração física, mas quando é necessária a convivência e suportarem cada qual com seus defeitos, a máscara cai e, daí seguem cada qual o seu caminho com suas desilusões.

Atualmente em todos os cantos da terra existem templos religiosos que pregam a boa semente da palavra de Deus, mas infelizmente muitos são os homens e mulheres que se acham intocáveis e livres de qualquer necessidade, esquecem o sopro da vida e as benesses do Salvador, revolvem-se na lama do vício, nas torpezas da pornografia e nos negócios escusos que denigrem a imagem, a ética e a moral.

São os tempos modernos no qual compramos quase de tudo , vendemos o que poderíamos doar, negociamos quimeras, mas esquecemos de viver.