Objeto do absurdo
Hoje eu gastei meu verbo defendendo a isenção tão fortemente que os dois lados saíram contrariados. Também, pudera: qualquer deslize e eu correria o risco de perder meu honrado posto de árbitro. Não vou me justificar dizendo que hoje em dia ter equilíbrio é estar em cima do muro; ter desequilíbrio sim, porque é ser lançado no posso cavado de próprias mãos. Ok, eu sei que serei empurrado contra a vontade. Que a minha equidade não me salvará de nenhum dos lados do abismo, porém manterei a minha consciência tranquila enquanto caio sabendo que fui assassinado, não suicida. Na verdade temo um pouco os ardorosos. Saem-lhe espuma dos dentes. Gesticulam tirando fino nos vasos e quinas dos móveis. Expõem seus lados irracionais em nome de quem os usa como bucha de canhão, grão de massa de manobra. Sou grão de massa também, mas quem me ingerir terá flatulência. Nem precisam dizer onde terminarei após a ingestão, mas estou convencido que isso, atualmente e antes de tudo já é uma Matrix, ou seja, nós já estamos lá e não percebemos. Enfim, procuro ser tão equidistante que declinarei de me referir ao objeto tema deste texto, se é que vocês me entendem...