UMA HISTÓRIA REAL.

Nunca devemos contestar o juízo que uma pessoa faz da outra, esse, provavelmente, vem principalmente acompanhado de ressentimento. Penso que existem três versões de quaisquer dos fatos ocorridos. Um da pessoa que conta, o da pessoa apontada, e o outro que é a pura verdade.

Cada pessoa tem a sua maneira de expor a sua versão, mas, dificilmente, quando existe a possibilidade de apresentar uma “Mea culpa”, sempre que ela for arremessada a outra, todos os erros que ressaltaram dessa acusação. pois é certo que as pessoas sempre querem ser consideradas de “boazinhas”

Penso que jamais devemos tentar desfazer o que foi assimilado por uma pessoa, simplesmente na tentativa de querer apresentar uma defesa, de alguma acusação, seja ela justa ou injusta. Porque sempre quem vai sofrer, é a pessoa quem acreditou em uma versão, sem querer ouvir a outra, ou mesmo não ter tido a oportunidade de assim fazê-lo.

É sempre mais dolorido a uma pessoa que encastôo uma história, vir, a saber, da realidade, pois esta carregou durante anos, aquela “verdade” que lhe foi passada e que acreditou, e se deixou levar por uma vida inteira com a mesma. Eu creio que seria uma profunda decepção, para esta pessoa, vir, a saber, que tudo aquilo que tinha como verdade, na realidade, não o era.

Sempre acho que aqueles que querem viver de ilusão, ou de crença nas fantasias que lhe foi imposta, devem continuar assim, pois foi uma escolha, - embora que muitas vezes foi enfiado goela abaixo – e acho que não é de direito tentar expurgar através de uma defesa, apenas pela exposição do fato real, ou por se sentir injustiçado.

Nunca se deve querer fazer justiça por iniciativa própria, muitas vezes um fato sobrepõe a um direito, assim como muitos fatos mesmo legais, são amorais. Não temos o direito de fazer julgamentos, pois nem mesmo Deus julga. Aqueles que acreditam que Deus faz julgamento das pessoas, não acreditam que exista o Livre Arbítrio, que ele deu a todos.

Como entender que se Deus deu esse Livre Arbítrio, o ser humano teria que seguir apenas o que ele quer. Não faz sentido, Deus criou Leis, e as quais seguimos ou não, e como toda Lei, ao transgredi-la, sofremos às consequências advindas delas. E não que ele funcione como um juiz de um tribunal para fazer julgamentos.

O Deus que eu creio é imparcial, não penaliza quem não o segue, nem beneficia aquele que o acompanha. E sim, que temos a nossa escolha arbitrada por nós mesmos. O Deus que eu acredito não é vingativo, que puni quem não faz oração, e favorece aquele que ora. Ele está presente em nosso interior, e nós temos a livre escolha de aceitar ou não essa verdade.

E é certo que essa Lei é imparcial, e um dia ela vai cobrar a verdade, mesmo que ela não seja revelada. Os efeitos inevitavelmente serão expostos à luz dessa própria Lei. Ai vem às conseqüências físicas e os sofrimentos. Sempre que alguns fatos lhes sejam contados, primeiramente, busque a outra versão, analise, reflita e só assim, descubra o que verdadeiramente se esconde por trás dele.

Marcus Paes
Enviado por Marcus Paes em 20/10/2014
Reeditado em 27/06/2018
Código do texto: T5005415
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