ME DEIXEM EM PAZ !!!!
Todos desejamos a PAZ porém, pouco de nós está, realmente, disposto a fazer sacrifícios para que ela seja alcançada e é fundamental que entendamos que assim tenha mesmo que ser, pois que nada nesta vida consegue-se sem que nos esforcemos, verdadeiramente. Esforço que em muitos casos, implica renúncia.
Faz-se imperioso também, observar que o primeiro passo deve, necessariamente, ser para dentro de nós mesmos. Não raro essa "paz" que reclamamos, que desejamos em silêncio ou a plenos pulmões bradada, vociferada, somente não "existe" porque a fonte do incômodo, dessa inquietação dormita lá dentro... da gente !
Portanto, investigada com toda a serenidade e brandura, se humildemente reconhecermos as nossas limitações ou excessos, já estaremos dando um gigantesco passo em direção a essa almejada tranquilidade.
É comum, lamentavelmente, percebermos que a "nossa paz", via de regra, é sempre quebrada, interrompida, corrompida, violada; por causa de fulano ou de beltrano, que agem assim ou assado. Há quem pense que sem "essas" pessoas as nossas vidas seriam um mar de rosas e de bem-aventurança. Será ?!
Convém imaginar que, em tal contexto que essas "outras pessoas", talvez pensem o mesmo de nós! Representaremos o mesmo sossego para elas sairmos de suas vidas ?
A convivência é uma arte; a solidão, uma doença ! Somos nós quem decide em qual "estado" desejamos estar quando essa desejada PAZ vier (... se vier ! ).
O tema é complexo e necessária a reflexão diariamente mas, com certeza, enquanto não trabalharmos, detidamente , em nossa reforma íntima, que implica mudança de comportamento, aceitação daquilo que não se pode mudar; abrandamento do nosso tom de voz, reconhecimento que todos temos os mesmos direitos, determinismo em nos tornar, sobretudo humildes, esquecendo-se de que não somos "um Astro em torno do qual todos os demais planetazinhos" giram e dele dependam, mas sim uma unidade inserida em um universo maior a pretender formar uma constelação, viveremos, o resto dos nossos dias a repetir; a pedir incessante e tolamente, que "nos deixem em paz" !