Quatro funerais e nenhum casamento
No filme a história é o contrário, o título é inverso. E há histórias de amor.
Porém, este ano o que aconteceu até agora foi exatamente assim: quatro funerais e nenhum casamento...
Uma amiga de adolescência faleceu em decorrência de um câncer, descoberto em estágio avançado. Ela lutou bravamente contra a doença, isso ninguém pode negar. Enquanto esteve conosco amou, muito, foi amada, soltou suas gargalhadas gostosas de ouvir, abraçou amigos e sorriu sempre que teve oportunidade. Mas, sua hora chegou num janeiro quente com seus dias de verão. Sinto saudades.
O ano foi passando e outros funerais aconteceram... Enterramos pais que foram amados por suas filhas assim como o meu também foi. Eles foram exemplos, professores, amigos, orientadores, heróis, amores...
Cada episódio me fez recordar o falecimento do meu pai. E me trouxe dor e saudade. Uma saudade sem fim que me apertava o peito e me espremia a alma.
A cada mexida nas memórias procurei suportar minha dor e dar suporte para quem perdeu.
Não sei se consegui dar força suficiente, mas tentei, ao menos pra mim, compreender que o tempo é o que é. Determinado, implacável, eclesiástico, cruel e bom.
Os dias seguem...
Um após o outro...
As lembranças se acalmam, os corações buscam paz...
Casamentos? Aconteceram... Só não convidada.