NO MEU TEMPO DE CRIANÇA

Existe uma distância abissal entre os meus dias atuais e o meu tempo de criança.

Todos os dias pela manhã, ao acordar eu tomava um copo de leite com chocolate.

No jardim, além de lírios tínhamos também copos de leite que perfumavam, dia e noite.

Eu me sentia um fantoche nas mãos de meus irmãos quando resolvíamos brincar.

Peteca pra lá, peteca pra cá eu era um João-bobo nas mãos deles, pois dificilmente pegava a peteca que era jogada de um lado para o outro.

Havia nos fundos da nossa casa uma criação de galinhas, patos e marrecos que eu adorava, pois todos os dias tínhamos ovos frescos e nos finais de semana, uma galinha ou um pato assado, verdadeira alegria e fartura num ambiente que nem sempre oferecia tais luxos.

Nos dias de hoje nem imagino a criança que conheça peteca, bola de gude, carrinho de rolimã e pião.

Mudaram os tempos? Deixamos de ser crianças ou a eletrônica mudou a nossa vida?

Tenho vontade de correr na chuva, de pisar nas poças d’água, de brincar de pega-pega, pular corda, subir em árvores para comer goiaba, pitanga e caju.

É... Acho que não sou mais criança...

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15.10.14

MÁRIO FEIJÓ
Enviado por MÁRIO FEIJÓ em 15/10/2014
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