Na Petrobras desde 1974

A história da Ampliação da Refinaria Alberto Pasqulini - AMRAP se confunde com minha história de petroleiro.

Em 8/6/74, século passado, numa tarde chuvosa, chegava em Porto Alegre um nordestino acompanhado de sua esposa, para realizar um grande sonho – ser empregado da Petrobras.

Dez de junho de setenta e quatro, primeiro dia de trabalho, temperatura nesta cidade 5 º C. Fiquei num dilema, voltar para o calor de 30 º C do nordeste ou ficar aqui. Fiquei.

Quando fui ao Setor de Pessoal, o chefe do setor me disse que não estava esperando ninguém para ser admitido. Após algumas trocas de telefonemas, foi esclarecido que eu seria admitido no então Serviço de Engenharia, que havia sido criado há 2 anos.

Enquanto esperava para ser admitido, conheci um carioca que também estava chegando naquele dia para ser admitido – o Lauro de Luca – o qual se tornou um dos melhores amigos ao longo desses 30 anos.

Em seguida fomos encaminhados ao Eng. Luz, de saudosa memória, que era o chefe adjunto da obra. Dessa forma, nós 3 começamos a AMRAP.

Depois foram chegando Joaquim Fernandes, o português, Amílcar, sempre de bom humor, contando piada e Irenio, os 3 de saudosa memória, Monteiro, Elenita, Atos, Jorge Issa, o japonês, Marcos o mineiro, Trez, Bernardino, Jairo, Regina, Beatriz, Jussara, Marlene que depois foi para a Caixa, Percy primeiro chefe da obra, Osmar, chefe da Divisão de Planejamento, Mendel um carioca que virou gaúcho, Maivo, Renck que tinha vindo da Varig, Ruberval, Edmundo, e tantos outros.

Minha primeira licitação como membro de Comissão foi a construção do escritório da obra, o qual ainda hoje é utilizado. Ainda como estagiário, fui designado chefe do setor de programação e controle da Divisão de Planejamento.

Finalmente em 77 com o inicio da obra de construção da Fábrica de Fertilizantes de Sergipe eu deixei a AMRAP e retornei ao nordeste para morar em Aracaju. No meu lugar naquela gerencia, ficou o Mendel, pessoa com a qual mantenho amizade até o dia de hoje.

Segui minha carreira na Petrobras em Aracaju, Natal, Fortaleza onde me aposentei em 98 e voltei a morar no Recife.

Dessa obra e da Refinaria Alberto Pasqualini, guardo boas recordações, do companheirismo, amizade, competência e principalmente dos amigos que aqui fiz e somente por estas amizades pudemos nesta data estar participando de tão grande comemoração.

Para encerrar alguns versos que fiz lembrando a literatura de cordel, tão popular no nordeste:

Em setenta e quatro

Há muitos anos atrás

Saí lá do nordeste

Para trabalhar na Petrobras

Com tanto lugar para ir

Nesse país tão grande

Me mandaram trabalhar

Aqui no Rio Grande

Aqui fiz muitos amigos

Isso aqui se deduz

Lauro, Issa, Monteiro,

Renck, Percy e o Luz

Elenita, Bea, Jussara,

Recordo sem preguiça

Amílcar, Jairo e Atos

Mendel, Maivo e Issa

Foram ocorrendo mudanças

Algumas ninguém diria

A REFAP foi vendida

O SEGEN virou Engenharia

Muitas coisa mudaram

A isso dou muito valor

Foi embora o telex

Chegou o computador

Mudaram os relatórios

Isso é ponto capital

Quer tirar fotografias

Use a máquina digital

Chegou a Internet

Acabou o atraso crônico

Quer enviar uma carta

Use o correio eletrônico

A Engenharia trabalha

Ninguém a pode deter

Depois de tanta obra

Fizeram o HDT

O churrasco vai começar

É o que todos esperamos

Fica o agradecimento

Ao nosso colega Ramos.

06/09/2004

Carlos Alfredo Melo
Enviado por Carlos Alfredo Melo em 14/10/2014
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