O que você diz sobre mim?

Cuidado, meus amigos: eu, Domingos Ivan Barbosa, tenho muitos problemas mentais, psicológicos. Eu tenho problemas de interpretação. Está certo quem me considera um doente. Eu sou doente mesmo. Eu descobri que sou doente. Alguém já fez o diagnóstico. Eu reconheço que sou louco e maluco. Tenho uma vida desequilibrada. Alguém pode me indicar um psicólogo? Ou seria um psicanalista? Não sei. Sei que preciso de um profissional da mente humana. Pode ser qualquer um. O que eu quero é ficar sadio. Alguém me ajuda? Quero ser igual a todo mundo.

Sou um homem doente. Penso que nada consiga mudar o meu caráter e a minha personalidade. Parmênides estava certo: a mudança é aparente; o ser é; o não ser não é. Para Parmênides, a mudança não existe. Será que Heráclito estava errado? Heráclito dizia que tudo muda. Será que os dois tinham razão?

O mundo está cheio de pessoas sadias e equilibradas. Pessoas que só fazem o bem. Eu, porém, só consigo fazer o mal. Não sou bom exemplo para ninguém. Talvez eu seja um bom exemplo neste sentido: que ninguém faça o que eu faço, nem seja o que eu sou, nem tente seguir o meu comportamento. Eu já nasci diferente de todas as pessoas. Sou um sujeito muito estranho e anormal!

Eu não sei quem está certo: se é quem me elogia ou quem me condena. Se é quem me aplaude ou quem me combate. Se é quem me ama ou quem me odeia. Eu não sei quem está certo: se é quem me chama de gênio (rs) ou quem me chama de pernóstico. Se é quem me chama de inteligente ou quem me chama de obtuso. Se é quem me chama de homem humilde ou quem me chama de arrogante. Se é quem já me chamou de perfeito ou quem me chama de louco.

Bem: gênio eu tenho certeza de que não sou. Será que sou um gênio (rs)? Duvido. Perfeito? Estou longe de sê-lo. No entanto, fico muito feliz com os elogios. Eu já me acostumei com as críticas e com os elogios. Até rio de tudo isso. Rio de mim mesmo. Aprendi até a zombar de mim. Que sujeito estranho sou eu! Penso que nada mais consiga mudar a minha essência. Alguém já me disse (virtualmente) que ama a minha essência.

Será que sou mesmo maluco? Será que sou louco? Será que estou no auge da loucura? Não sei. No entanto, eu sou feliz! Como explicar? Será que os loucos são felizes? Será que os idiotas são felizes? Acho que sou um incorrigível idiota. Ah, já fui chamado de sábio.

Já fui exaltado por alguém que eu desejo saber quem é. Fui exaltado por uma pessoa que eu só conheço virtualmente. Será? Essa pessoa me fez os maiores elogios que eu já recebi nesta vida. Por que essa pessoa me elogiou tanto? Talvez ela seja um anjo que tenha desejado extrair o melhor que há em mim. Tenho uma imensa gratidão por essa pessoa. Onde está você? Quem é você? Mistério? Ou não? Não sei! Por que me defendeu melhor do que qualquer outra pessoa? Eu confesso que desejo conhecer essa pessoa. Ela não é um amigo nem um admirador comum.

Alguma coisa está errada. Por que as pessoas têm tantas versões diferentes e contraditórias sobre mim? Penso que eu sou o que as pessoas quiserem ver em mim; o que as pessoas provocarem em mim. Penso, ainda, que eu sou (ou seja) um enigma para mim mesmo.

Quem sou eu? Qual é o seu diagnóstico sobre mim (rs)? Qual é a sua versão sobre mim? Fique à vontade para dizer. Eu não vou retrucar. Nada mais me é mais estranho (rs). É por isso que eu amo a vida. Eu conheço todos os aspectos desta bela e complicada vida.

Muito obrigado a quem me lê! Não é fácil ter paciência para ler um louco (rs).

Um abraço!

Domingos Ivan Barbosa
Enviado por Domingos Ivan Barbosa em 11/10/2014
Reeditado em 11/10/2014
Código do texto: T4995324
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.