DO QUE DEPENDEMOS PARA SER FELIZ?

De todos os acontecimentos, o que mais desejamos é ir à busca da nossa felicidade cintilante, e atravessamos toda a nossa vida, nesse idear constate, acreditando que se tivermos determinada coisa, estaremos felizes. Um relacionamento, um emprego, uma casa, um carro e alguns objetos pessoais de valor. Buscamos as coisas que acreditamos que vão nos deixar joliz, em cada época da nossa vida, ficamos com cariz fulgurante por alguns acontecimentos que são mais importantes, e focamos na busca por sucesso em diversas áreas que atinamos como gratificante.

Só que esquecemos que existe uma coisa que pode em muito nos confundir, quando vamos ao encontro da tão ansiada felicidade. É que quase sempre temos ideias formadas para harmonizar, e de como as coisas têm que ser, para que nos faça irisante. Imaginamos uma pessoa com tal condição para ser aquela pessoa peculiar, ou aquele bem material do nosso desejo constante, e tudo aquilo que precisamos preencher, para determinar as nossas reais necessidades.

Pode ser a casa dos nossos sonhos, e assim como todas as coisas que cremos que vão nos trazer um prazer imenso, e colocamos as nossas características para serem preenchidas. É claro que ao nosso senso, a nossa vontade de anelar as coisas, e devanear com o que desejamos, pode mesmo aproximar aquilo para nossa vida, mas, nos ampararmos à maneira que designamos, e eliminar tudo que foge àquela forma, na verdade, pode ser um modo muito delicado de provocar agravos, e de nos limitar para a vida em equidade...

Muitas vezes, a pessoa que achamos que vai nos trazer a nossa realização não se ajusta em nada do que prognosticamos. A casa onde efetuamos a nossa imaginação, pode passar longe do padrão, e de tudo o que nossa fantasia criou, e o labor que nutre nossa alma, pode nem de perto se engastar ao que confiamos ser o ideal, o lugar e o modo onde vamos inferir uma evolução espiritual, pode ser muito dissemelhante de tudo que já pressupomos.

Varias vezes, esses protótipos de "ideais” que compomos, são filtrados por nossos pensamentos iludidos, que são excessivamente restritos, e nem sempre espelham verdadeiramente o que vai nos fazer contente. Por pouco vamos ficar lembrando que esse "tem a ver comigo", não tem nada realmente a ver com quem verdadeiramente somos.

A sensação real de satisfação chega sempre de forma portentosa, mas, para isso, é necessário que a gente se consinta na verificação do novo, se permita terebrar para as coisas que a vida nos oferece, mesmo que aquilo não se emoldure ao nosso padrão de ideal, é bom recordar que esses modelos apresentam-se como os “ideais” das nossas reminiscências, e quiçá do nosso espirito. Para a Alma, não subsiste a fronteira fixa que a nossa memória do passado quer nos impor.

Penso que a condição de felicidade não depende das coisas que se encontram fora da gente, e que de verdade, quanto menos normas e medidas a serem completadas mais estarão fluindo em felicidade, se nos exaurirmos da cobiça do ego já então exacerbadas, e consentirmos que nossa Alma nos conduza suavemente para os encontros, e para as experiências que vão nos permitir evolucionar, será mais fácil apreciar a felicidade a cada escanche no presente.

Temos preceitos exemplares, porque não confiamos que a vida pode nos aprovisionar de tudo a cada dia, para os nossos amanhares de eufonia, e que seremos prósperos alumiares. Assim, vamos passar grande parte da nossa vida, rejeitando pessoas, coisas e fatos, tentando outras que venham a se enquadrar em nossos ideais de felicidade, para um dia, sem hiatos, deslindar que não é nada disso é um retrato, e que a ventura vem de dentro para fora, e não de fora para dentro do nosso recato.

Marcus Paes
Enviado por Marcus Paes em 09/10/2014
Reeditado em 12/07/2018
Código do texto: T4992660
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