O alguém do outro.

Devia ter deixado você respirar quando quis.

Devia ter feito quando pediu pra eu parar.

Não ter levado coisas banais tanto a sério pois o que valia a pena era te ter bem, bem ali do meu lado.

Afinal se não te visse naquele dia eu te teria depois e pelo resto da minha vida.

Agora o que sobrou?

Só meus pensamentos que ficam perdidos em pensar nos seus.

Abraço encaixado e demorado.

Beijo demorado que se encaixou.

Haaa... Como era doce a sua voz calma,

suas brincadeiras bobas,

seu jeito chato e exigente ao me explicar algo sendo que ao mesmo tempo eu sentia amor nos seus ensinamentos, sempre nos entendíamos.

Como sinto falta de conversas tão musicais, nossos arranjos, dos teus toques.

Haaa... Como fui marrenta!

Sim eu deixaria você me moldar. O amor faz isso com a gente.

Tem um espaço em branco como fica o papel quando não há inspiração.

Como você fazia questão de me deixar com raiva pra depois vir me segurar, mesmo eu tentado me soltar.

Nossas trocas cotidianas musicais que faziam pensar no outro.

Nossos sabores, ritmos e planos parecidos.

Ouvir juntinhos os "hermanos" ou "Léo" e "Dani".

Fiquei feliz em tu desabafar, já que se contem tanto e de tanto engolir nessas "épocas não muito boas" fica se engasgando!

Na verdade não foi eu quem quis o "adeus", tu sabes bem que o meu desejo é de ficar e contigo. Eu apenas tive a coragem de pronunciar, pois em suas atitudes você já tinha me dito. Eu cansei de esperar que você decidisse por mim, a me escolher.

Eu resolvi querer a mim e sei que o Criador do mundo e de nós mandará rapidinho alguém que também me escolha.

Por mais que procuraremos em outros algo que nos pareça, mesmo que não admita, sabe que não iremos encontrar em ninguém se somos o alguém de um para o outro.

Judy Cavalcante
Enviado por Judy Cavalcante em 08/10/2014
Reeditado em 08/10/2014
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