TUDO POR UMA MORADIA MAIS DIGNA
Faz muito tempo que aderi ao principio da mobilidade que manda deixar o carro em casa e sair de ônibus, lotação ou táxi, nesta ordem, embora as autoridades e os especialistas em mobilidade não ousem pisar dentro dos dois primeiros, mas penduram um "kojak" no capô e adoram circular com os carros oficiais pelos corredores de ônibus, Justiça seja feita, pelo menos aqui, o Olívio Dutra anda de ônibus.
Andar de transporte público tem suas pelo menos uma vantagem nos aproxima das massas e seus pensamentos e nem precisa abrir a boca, basta ficar de olho nas conversas, ou melhor de ouvido que esteja bem afiado, assim ontem fui até o comércio da avenida Azenha, claro que no horário que a maioria dos passageiros são da tal melhor idade, idade que estou bem pertinho. Na ida dois passageiros destoavam eram dois jovens que traziam estampados nas embalagens e assuntos terem entrado na classe média, esta tão alardeada pelo Governo Federal.
Um dos assuntos foi bem interessante e tratava sobre o tal auxílio moradia dos magistrados. Um deles perguntou ao outro se ele conhecia alguma moradia que custasse R$ 4.500,00 por mês, claro que sim, respondeu o outro, naquele condomínio da Cavalhada onde trabalhei na reforma de uma das casas, mas conheço condomínios que só a taxa de condomínio é mais de R$ 5.000,00. Nesta altura eu já estava pensando que ele iria dizer que estava certo o tal de auxílio, mas ele emendou com uma pergunta: - lembras do irmão da Elis? pois é, ele estava trabalhando na reforma da casa de um juiz e pegou algumas latas de tinta, o homem mandou prendê-lo e ele puxou dois meses de cana. Ele devia ter pedido as sobras no final que certamente o homem daria, estas autoridades nos atendem, quando a gente é certinho com elas.
Pensamento meu: para consolo dos trabalhadores em manutenção e reformas residências, possivelmente com o auxilio moradia dado aos juízes incremente a abertura de postos de trabalho nesta área, considerando que a partir de agora eles poderão trocar as modestas moradias que habitam, por algo mais imponente portanto a ideia não é toda ruim.