Ética da Estética
Aos olhos está condicionada a visão... A dimensão de espaço que nosso corpo e mente precisa em noção, para habituar imagem e sentidos. Ver, de fato é capturar a aparência de tudo, contornar formas e volumetrias, reter na memória os reflexos dos prismas em retina. Percepção é exatamente o que nos faz enxergar além da literal ótica. Perceber é o mesmo que dar sensação a uma visão e por isso, olhar não é tão aparente quanto se possa pensar...
Podemos ver e ao mesmo tempo sentir, como podemos simplesmente olhar e nada perceber. Minha introdução não quer explicar porque cores afetam a psique, é óbvia a associação do corpo com as necessidades, mas assimilar é alvo e o algo que põe sentido à estética das coisas.
Como entender isso? Um vaso não é só um substantivo ou objeto, pode ter um adjetivo, como pode ser bonito ou feio. A estética é fato, a ética é argumento! – E para cada observador, um único vaso pode ser assimilado ricamente ou miseravelmente, o que depende não somente de um olhar, mass fundamentalmente, da percepção.
Agora posso falar de pessoas, cuja estética ainda é fato, mas a ética é subjugada, onde aparência é vista como cartão de visitas, ou elixir de contemplação. Deveria dizer, que é coitado o feio, por ser aparentemente despercebido do que apreciar ou ainda se é azar de algum ser esteticamente insosso, não se fazer notar por falta de beleza como aptidão?
Para provar que é questão de ética e não de estética que no fim das contas alguma aparência se põe mesa, falo então de beldades ou de mim, que não sou bela, apenas a típica bonita e sujeita do mesmo julgamento medíocre, que alguém esteticamente melhor faz só de olhar. Quero dizer que como o vaso, todos somos vistos de forma unânime – Se somos feios ou bonitos, alguém com boa ou má percepção irá dizer que diabos tem a sua estética.
Lógico que ver beleza instiga prazer, como ver feiura arrepia ventas. Nossa psicologia, só de olhar condições genéticas, associa aparência com sensações, visão e percepção. Tudo isso porém, só faz do nosso ponto de vista, um argumento monocromático, pobre de detalhes, como a falta de tonalidade sobre tantas cores. É preciso ética para explicar a real aparência de alguém.
Parem de compensar ética com estética, tirar a beleza de dentro e por pra fora, dizendo que beleza interior sempre estará na moda. A verdade é fato como a estética e todos vêem. O que não se vê, é alguma ética argumentar o que de fato ver.