"Tristeza não paga conta"
Na última quinta feira, enquanto eu caminhava para a escola onde trabalho, ouvi um simpático idoso cantarolando. Ele pedalava uma bicicleta com muito entusiasmo e sua voz era doce e melodiosa. Eu fiquei por um bom tempo acompanhando a cena fantástica daquele senhor magrinho e de cabelos, barbas e bigode brancos. Ele tinha o olhar de uma criança!
Quando ele passou por mim, o cumprimentei com um "Boa tarde!". Mas creio que ele ficou um tanto acanhado por perceber que eu o escutava cantar, daí ele respondeu: "Tristeza não paga conta!". Então sorriu, cantarolando num sol escaldante de duas da tarde. Provavelmente, ele estava indo trabalhar.
Eu o acompanhei com olhos até que ele sumisse no horizonte. Quão sábias foram as palavras daquele generoso ancião, que compartilhou uma dádiva comigo: a espontânea e pura alegria. Carregar consigo uma linda melodia e oferecê-la aos outros é um lindo gesto!
Nesse dia, senti-me muito feliz por estar viva e por ter aprendido a preciosa lição da simplicidade por meio de um bom velhinho, que me disse, sorrindo e cantarolando: "Tristeza não paga conta!"
Além de eu ter ido trabalhar mais feliz, ainda contei piadas aos meus alunos da Escola Luiz Paiva. Foi um dia muito legal! Obrigada, Senhor, por revelares tuas simples e eternas verdades ao meu coração por meio de pessoas tão amáveis, como aquele bom velhinho!