O LADO LEVE DE UMA COISA PESADA


Do popular "se o destino te der um limão, faça dele uma limonada", confesso que desde sempre tenho me esforçado para aproveitar o máximo da máxima, pois este é o grito dos raros momentos em que podemos realmente nos dar conta da utilidade da inteligencia dos seres humanos, tamanho tem sido o desafio de sobreviver na quase indesejada cultura bruta, onde estamos patinando para absorver o simples. O belo simples. Ou, quem sabe, o simplesmente belo, apenas por assim o ser.

O compromisso com a cidadania me leva a acompanhar jornais e pregar olhos e ouvidos na telinha em épocas de Eleições, tentando captar as mensagens dos candidatos que se dispõem a colaborar com a organização e administração do meu país.
Sou assim, um ser político, por natureza.

Chegado o grande primeiro final de semana de Outubro, peguei estrada para minha cidade natal, onde sou eleitora, fui lá.
Mas não me contentei em ir só lá.
Fui, também, dar uma volta pelos povoados vizinhos, sentir o clima das eleições e o resultado do que foi dito pelos candidatos em suas campanhas.
Fui devarinho, apreciando os ipês e ouvindo o canto dos pássaros livres, reparando no conserto novo do asfalto das estradas antigas, aproveitando a beleza das paisagens e a dança das folhas ao ritmo dos ventos.

Eis que uma bucólica casa, à beira da estrada, chamou minha atenção.
A arquitetura de alguns anos atrás, porém pintadinha de fresca e conservada como se fosse nova,rodeada de flores do campo e espécies até por mim desconhecidas, garantiam que alí morava uma família feliz, atualizada e de bem com a vida.
Não vacilei - parei, desci e pedi para registrar aquele momento em meu celular, para que me servisse de lembrete para todo o sempre.

Era a casa da Dona Maria,minha mais nova amiga.
Amizade que conquistei em pleno 5 de Outubro de 2014, em Vila Batista, chegando a Alto Rio Novo, onde mora minha sobrinha Ábila, recem chegada ao Recanto. Um lugarejo onde vivem pessoas assim como Dona Maria e sua família.

E, para minha surpresa, já que eu era uma desconhecida, fui convidada para um café, ao mesmo tempo em que seu genro me informava que "tem uma mesa muito grande na cozinha, com 10 cadeiras", e ficaria feliz com minha presença e minha amizade, ao mesmo tempo em que me perguntava, curioso por eu ter parado assim, sem mais nem menos e "tirar" foto da família :

- A senhora é candidata a alguma coisa ?

- Claro que não ...
Sou apenas uma curiosa e aventureira, que gosta de conhecer pessoas bacanas como voces !

No segundo turno vai ter mais!
Com certeza voltarei para o café.
Miriam Dutra
Enviado por Miriam Dutra em 06/10/2014
Código do texto: T4989734
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