VIVER UMA RELAÇAO...

Diante da visão materialista, cada um de nós é um ser solitário, assim, somos fragmentos das outras pessoas, mesmo que seja de modo involuntário. Sejam namorados, casais, pais e filhos, irmãos e irmãs, sem exceção, todos são existências dissociadas do ponto de vista físico, em sua emoção.

Quando a pessoa se considera unicamente um corpo carnal, todas as suas relações são de modo temporal, uma lide momentânea. A solidão e a sensação de vazio pelo seu ceticismo, gerado pela coletânea de reações de um pequeno espaço de frequência, é que fazem com que a pessoa espalhe uma atmosfera de influencia, efemeramente sombria ao seu redor, como se fosse um seu escudo projetante. Um momento de paroxismo maior.

Mesmo que esteja por perto alguém que pode vir a ser uma companhia, esse espaço sombrio a impedira de se aproximar mais, ou até poderá ficar na sua cercania, mas, será apenas momentaneamente. Seguramente a alegria e a sua naturalidade atraem as pessoas, e algumas delas podem vir a ser a nossa parceria, mais adequada incontestavelmente.

Encontrar uma companhia, de maneira alguma se entende por travar uma relação em que cada parte é a singularidade da sabedoria, e por isso, venha a suprir o que falta na outra, ou seja, não é juntar duas unidades para formar uma antinomia.

E sim, de estabelecer uma união em que ambas as partes, cada qual com a sua individualidade, manifestem as respectivas personalidades, expressem a natureza divina, desenvolvam a capacidade latente, e se ampliem como uma doutrina.

Assim, consistindo em uma real relação, em que o físico, o material ou patrimonial, estes não fazem parte permanente, e sim que ambos se ajudem a manifestar a sua natureza, e o seu crescimento perpetuante, e o seu andejar especificamente espiritual.

Marcus Paes
Enviado por Marcus Paes em 06/10/2014
Reeditado em 12/07/2018
Código do texto: T4988741
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