A VISÃO DE DEUS.
“Começo a ter uma nova compreensão de Deus, é como se, pouco a pouco, meus olhos estivessem presenciando o nascimento do Criador. Eu O vejo nascendo como uma bruma, do meio das montanhas, das planícies, e dos mares. Ele levanta-se. Ele ainda não Se conhece inteiramente. Milhões de anos passam, e Ele — movido por Seu próprio desejo — procura descobrir mais de Si mesmo. Para isto cria o homem.
Deus não é (apenas) o criador do homem ou da Terra. Tampouco é juiz daquilo que acontece debaixo do sol. Deus é a manifestação pura deste Seu próprio desejo original — de que o homem e a Terra façam parte Dele. Deus é uma força em movimento, que cresce através deste desejo, e faz com que tudo sob a face da Terra cresça com Ele. O desejo é a fonte do poder que tudo muda.” Khalil Gibran.
Visões de Deus, como a discussão da ideia de Deus Kantiana, são contornadas de vários comandos, como a impossibilidade de caminhar sobre certezas e muito menos sobre a fé. Racional e transcendental ficam no imaginário da vontade de criar teses. Arremata Kant, não posso provar a inexistência de Deus nem sua existência.
E caímos no que cada um tem como conceito deísta ou teísta ou pela projeção, como em Kant, da impossibilidade de considerar a abordagem, e se restringe à discussão da ideia do SER NECESSÁRIO.
Gibran mostra uma visão natural, serena, que pode se assemelhar a Kant quando fala o que mais o instiga nessas palavras: “Duas coisas me enchem de admiração e estarrecimento crescentes e constantes, quanto mais tempo e mais sinceramente fico refletindo acerca delas: os céus estrelados lá fora e a Lei Moral aqui dentro”. Kant.
São visões que se encontram com insuspeito sentimento.