PRIMEIRO SONETO
Crônica de VALDEZ JUVAL
Perdão! Mil perdões!
Já estou voltando a ser criança.
Não é assim que acontece com os velhos?
Hoje amanheci declamando, na memória, um POEMA.
Um poema, gente!
Meu primeiro POEMA.
É preciso que se escreva assim para se caracterizar o seu valor para quem escreveu.
Verdadeira OBRA PRIMA! (Entenda-se aqui “prima” como primeira e “obra”, a de qualquer espécie).
Estava despertando para a puberdade.
Começando a compreender os instintos.
Era um mundo novo, girando diferente, sentindo desejos, amando.
Fase boa da vida!
Tudo é desconhecido, misterioso, mas provocante.
Mas tudo passa na vida até que chega a velhice e,... que felicidade! voltamos a ser criança!
Ai surge a esperança...
Esperança ou ridículo?
Pelo menos sou corajoso e transcrevo o meu primeiro “poema”.
Podem rir mas, por favor, não façam escárnio.
COMO É BOM SONHAR!
Que bom é viver,
Sem ter de que chorar.
Ruim é morrer,
Sem ter tempo de sonhar.
Porque no sonho encontro,
Os olhos que tanto olhei,
Os lábios que já beijei
E o corpo que afaguei.
Ao raiar a aurora,
Minha alma emudece
E começa a chorar,
Balbucio baixinho,
Ao Deus do céu uma prece:
Como é bom sonhar.
Ano aproximado da criação: 1945
Crônica de VALDEZ JUVAL
Perdão! Mil perdões!
Já estou voltando a ser criança.
Não é assim que acontece com os velhos?
Hoje amanheci declamando, na memória, um POEMA.
Um poema, gente!
Meu primeiro POEMA.
É preciso que se escreva assim para se caracterizar o seu valor para quem escreveu.
Verdadeira OBRA PRIMA! (Entenda-se aqui “prima” como primeira e “obra”, a de qualquer espécie).
Estava despertando para a puberdade.
Começando a compreender os instintos.
Era um mundo novo, girando diferente, sentindo desejos, amando.
Fase boa da vida!
Tudo é desconhecido, misterioso, mas provocante.
Mas tudo passa na vida até que chega a velhice e,... que felicidade! voltamos a ser criança!
Ai surge a esperança...
Esperança ou ridículo?
Pelo menos sou corajoso e transcrevo o meu primeiro “poema”.
Podem rir mas, por favor, não façam escárnio.
COMO É BOM SONHAR!
Que bom é viver,
Sem ter de que chorar.
Ruim é morrer,
Sem ter tempo de sonhar.
Porque no sonho encontro,
Os olhos que tanto olhei,
Os lábios que já beijei
E o corpo que afaguei.
Ao raiar a aurora,
Minha alma emudece
E começa a chorar,
Balbucio baixinho,
Ao Deus do céu uma prece:
Como é bom sonhar.
Ano aproximado da criação: 1945