"NESSA ELEIÇÃO NÃO VOTO EM LADRÃO" Crônica de: Flávio Cavalcante
NESSA ELEIÇÃO NÃO VOTO EM LADRÃO
Crônica de:
Flávio Cavalcante
Depois de se acabar de tantas gargalhadas com os candidatos mais estranhos no horário eleitoral na televisão, eu fico cada vez mais estupefato com as respostas nada a ver dos candidatos à presidência da república nas redes televisivas nacional. Este ano as emissoras estão dignas de aplausos pela cobrança acuada em cima de cada um candidato. Todos aparecem com asinhas de anjinho e auréolas de santo na cabeça, querendo expor milagres futuros, o que já foram eleitos várias vezes e nunca fizeram jus às suas promessas.
De jornalista a economista questionando as benfeitorias feitas no prometido governo e cobrando explicações de erros cometidos em governos anteriores no seu comando. O mais impressionante é que todos eles fogem das respostas e das acusações, mas, os repórteres fazem questão de delatar que eles não estão respondendo às perguntas em pauta. Eu estou falando 100 por cento dos candidatos.
Assim como eu, o cidadão brasileiro não tem mais fôlego para aturar tantas mentiras vindas de um sistema errôneo desde quando este país se tornou república. A novela de capítulo cansativo e interminável se perpetua a cada ano eleitoreiro, onde o protagonista é o cidadão que forçosamente paga os impostos e é massacrado pelo vilão. É a única novela que o mocinho nunca termina em final feliz. O mal sempre vence o bem.
Dizem que a esperança é a última que morre; frase esta que no meu ver já está bastante ultrapassada. A realidade diz o contrário a esperança de dias melhores já foi há bastante tempo. Parece até um povo sadomasoquista. Todo ano de eleição apanha na cara e nunca aprende. Talvez a esperança ressurgisse das cinzas se cada um brasileiro deixasse de votar nas urnas e isso fosse unânime. Mas como isso é um fato impossível, vamos conviver com o sofrimento.
Ontem, dia 02 de outubro de 2014, assistindo o último debate dos presidenciáveis. Vi que ali tinha mais uma lavagem de roupa suja do que uma proposta realmente para uma melhoria no país. O passado dos outros governos veio à tona e foi notório que ali deixou de ser um debate para ser um campo de batalha. Era um comendo o outro quase num ring. Tudo na luta pelo poder. Será que se o pasto não fosse tão farto assim, teria tantos candidatos ao trono?
Na minha opinião, eu sou cidadão do país, honesto, trabalhador, pago meus impostos forçadamente e não consigo enxergar um partido sequer que mereça o meu precioso voto. Todos tiveram uma história de gatunagem nas suas gestões. É saindo um e entrando outro. Porém, nessa eleição não dou meu voto a ladrão.
Flávio Cavalcante