ÀS FAVAS PENDORES PATRIÓTICOS
 
   Hoje era um dia que eu estava a fim de jogar conversa fora, ai alguém soprou no meu ouvido  e   sugeriu um tema sério: “Bandeira Desamada”. Então, pensei... Desamada por mim, por você, pela torcida do Flamengo? Não, com certeza que não. E sim, pelos homens públicos, pelos que nos governam que respeito nenhum demonstra pelo nosso país: acredito que a nossa Bandeira representa para essa gente apenas um pedaço de pano sem simbologia alguma. Às favas pendores patrióticos, o que  essa gente  quer da pátria amada, idolatrada, salve, salve  é apenas se locupletar.

Dito isto, parei pra pensar, no nosso país, no seu símbolo maior, a nossa Bandeira... Amada ou desamada...? Pensei tanto que o sono me pegou e dormi. Dormi e sonhei. Sonhei que era candidata a presidentA da República. Por sugestão de Duda Mendonça, para dar maior credibilidade à minha candidatura, seria de bom alvitre apresentar-me como evangélica. E lá fui eu pra dentro da telinha com cara de , com todo respeito ,  bispo Trivela. Não por falta de advertência do Duda, (por conta de uma gagueira que me persegue) mas confiando nas aulas tomadas com uma fonoaudióloga, resolvi iniciar o meu discurso cívico, cumprimentando os te-les-pec-ta-do-res. Para desespero meu não consegui pronunciar corretamente o tal vocábulo. Depois da terceira tentativa desisti, mas não perdi a fleuma. Disse pra mim mesma: calma Zélia, isto é apenas um programa de propaganda eleitoral, a  audiência beira  um traço, sinta-se  à vontade para falar e nada dizer. Fiada nisso repeti como se fosse só para mim, coisas   já ditas, prometidas e não cumpridas E mandei ver  as metas do  governo dos outros e falei que nem eles SOBRE...
 
AGRICULTURA: que tem um papel duplamente estratégico: é nele que se inicia a principal cadeia de produção de bens de consumo de massa. E é também nele que se pode criar emprego mais rapidamente e com menos custo de investimento para cada novo trabalho.

EDUCAÇÃO:   requisito tanto para o pleno exercício da cidadania como para o desempenho de atividades cotidianas, para a inserção no mercado de trabalho e para o desenvolvimento essencial para tornar a sociedade mais justa, solidária e integrada.

EMPREGO: Em que pese informações contrárias, atinge proporções
graves e peculiares. Estima-se um número elevado de trabalhadores desempregados.

SAUDE: cuja crise é inegável:  hospitais sucateados, profissionais em greve, pacientes jogados em macas nos corredores, falta de material e medicamentos – é a própria falência de um modelo que não deu certo.

HABITAÇÃO: onde existem, nas áreas urbana e rural do País,  milhões de habitações precárias, com inadequada estrutura física, falta de serviços essenciais de pessoas por cômodo.  São  milhões de pessoas morando mal.

Ai acordei.  Por sobre o  colo um livro aberto contendo  propostas de governo,  que repeti feito um papagaio . O sonho  foi por conta dessa mania que tenho de ler e reler – só para ter raiva - as promessas de campanha feitas e não cumpridas por esses nossos eternos governantes .
                       
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BRAVOOOOO KATHLEEN!!!!


BRAVOOOOO, Zélia! Que energia nessa crônica! Vou ocupar uma parte
grande de seus comentários mas não me contenho(rs). Quero evocar
Castro Alves!Existe um povo que a bandeira empresta /
 Pr'a cobrir tanta infâmia e cobardia!.../
 E deixa-a transformar-se nessa festa /
 Em manto impuro de bacante fria!.../
 Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,/
 Que impudente na gávea tripudia?!.../
 (...)


 Auriverde pendão de minha terra,/
 Que a brisa do Brasil beija e balança,/
 Estandarte que a luz do sol encerra,/
 E as promessas divinas da esperança.../
 Tu, que da liberdade após a guerra,/
 Foste hasteado dos heróis na lança,/
 Antes te houvessem roto na batalha,/
 Que servires a um povo de mortalha!.../ ___ Cabe pra eleiçõers também
e os mandantes do Poder, não cabe? __ Beijos! Kathleen
 
 
 
 

 
Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 02/10/2014
Reeditado em 05/10/2014
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